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Enviada em: 07/09/2017

Diferente não é ser diferente.        A homofobia é definida como uma aversão ou repudio a homossexuais, ou qualquer indivíduo do grupo LGBT- lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais e travestis. Ao contrário do cenário preconceituoso, atual, do Brasil, a população indígena que vivia no país antes da colonização, respeitava a orientação sexual de cada índio. Por infelicidade, esse respeito foi aos poucos perdido e distorcido, e hoje, vivemos com a homofobia, sendo os homossexuais vítimas de atos violentos e da falta de cidadania, constantemente.        À vista disso, infere-se que esse preconceito ocorre sobretudo devido a falta de cidadania para com os homossexuais. A questão da heteronormatividade, que seria a marginalização de práticas e comportamentos diferentes dos esperados para uma pessoa heterossexual, está muito presente na sociedade, a exemplo disso é quando a mídia mostra um beijo gay, nas novelas, e é duramente condenada por grande parcela social, que defende o ponto de vista delatando que essa amostragem é uma influência ruim para as crianças que assistem. Apesar dos homossexuais estarem conquistando alguns direitos, como o reconhecimento, em 2011, pelo STF, da união homoafetiva, igualando esses casais com casais heterossexuais, ainda há muito a ser feito.          No que se refere a essa problemática, se torna passível de discussão também a questão da violência sofrida por essa minoria. Em verdade, a ausência de leis que enquadram a homofobia como crime, possibilita que essa prática de alaste, sendo constante, inclusive, na internet. O sociólogo Pierre Bourdieu defendia a existência da violência simbólica, que seria a violência apresentada a partir da imposição de valores e comportamentos. Essa agressão está muito presente atualmente, em especial, associada a violência física, em que, a sociedade passa a impor um certo modelo comportamental, e se ele não for seguido, certos grupos passam a agir com violência física, tentando "ajeitar" esse desenquadro, o que reverbera um viés nocivo na sociedade.         Compelem, portanto, ações mútuas entre o MEC e o Poder Legislativo, a fim amenizar as sequelas e otimizar as perspectivas oriundas desse problema. Para tal, o MEC pode atuar mediante adição na grade curricular escolar a disciplina de Cidadania, a fito de educar as crianças desenvolvendo a prática do respeito e da aceitação das diferenças, buscando construir uma sociedade melhor. Por fim, cabe ao Legislativo a criação de leis que protejam os homossexuais, qualificando o preconceito contra eles como crime, para que, assim, essas práticas sejam punidas, e os agressores possam repensar sobre suas condutas.