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Enviada em: 25/08/2017

Durante a II Guerra Mundial, milhares de pessoas perderam suas vidas nos campos de concentração nazistas por conta de sua orientação sexual. Hodiernamente, a aversão a LGBTs (gays, lésbicas, bissexuais e travestis), ainda está presente na realidade brasileira. Tal fato mostra a necessidade de ações efetivas da sociedade e do estado no combate à esteriótipos de gênero e a dogmas religiosos enraizados em um estado teoricamente laico.       A homossexualidade só deixou de ser considerada uma patologia  pela Organização Mundial da Saúde em 1990. Entretanto, comportamentos que vão contra a heteronormatividade ainda são mal vistos e altamente hostilizados. O padrão de gênero biforme, homem e mulher, é pregado desde o nascimento, com cores e brinquedos específicos para cada um, por exemplo, sendo que qualquer manifestação oposta a isso na infância ou adolescência é vista como passível de reversão, não compreendida e oprimida, seja em casa ou na escola. Dessa forma, a educação altamente sexista forma adultos despreparados a aceitar e a conviver com o que é diferente, seja em si mesmo ou nos outros indivíduos, causando a intolerância.       Outrossim, cabe destacar a forte influência religiosa presente, mesmo inconscientemente, nas práticas homofóbicas. Hábitos homossexuais faziam parte da cultura da Antiguidade, entretanto durante a Idade Média, com o forte poder da Igreja Católica, esses atos passaram a ser demonizados e repugnados. Tais pensamentos permanecem intrínsecos na modernidade devido a grande influência religiosa presente no país, o que acaba dificultando a defesa e a proteção dos direitos dessas classes discriminadas. Um exemplo disso é a existência de bancadas religiosas no parlamento de um estado intitulado laico como o Brasil.       Infere-se, portanto, a necessidade de medidas para reverter esse quadro problemático. Para isso, ONGs e movimentos sociais devem se unir para divulgarem nas mídias televisivas e de internet a importância do respeito, da tolerância e da defesa dos ideais de igualdade e liberdade assegurados pela Constituição, às pessoas homossexuais. Já o poder legislativo, deve elaborar propostas de leis para criminalizar e punir severamente crimes de cunho homofóbico. Ademais, ao Ministério da Educação cabe oferecer treinamentos específicos para professores e pedagogos para saberem lidar com questões de diversidade de gênero, e com qualquer tipo de preconceito relacionado, na esfera escolar com o fito de formar uma sociedade mais humanitária e tolerante às pluralidades. Afinal como dizia a escritora Helen Keller, "O resultado mais sublime da educação é a tolerância".