No meio do caminho tinha uma pedra No limiar do século XXI, a homofobia é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado o país defende a liberdade do indivíduo. Por outro, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes. O Brasil é uma país de diversas faces, etinias e crenças e defende em sua Constituição Federal que todos os cidadãos são iguais perante a lei. Nesse cenário, tomando como base a legislação e acreditando na nação para todos que o estado propõe, as escolhas sexuais fora dos padrões não são bem aceitas por fundamentalistas. Assim o que caracteriza os diversos Brasis dentro da mesma nação é motivo de preocupação. Paradoxalmente ao Estado, muitos intolerantes cometem crimes inanfiançáveis. Segundo uma pesquisa um homossexual é morto por dia no país. Partindo dessa verdade, o então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos Humanos é amputado e o abismo entre oprimidos e opressores torna-se portanto maior. Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem alimente a homofobia, haverá quem defenda a descriminação. Tomando como norte a máxima do autor, para combater a homofobia no país são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonista a escola e mídia. A escola, formadora de caráter, deverá incluir materias concientização em todos os anos da vida escolar; a mídia, deverá vincular campanhas que incentivem o respeito às diferenças. Somente assim, tirando as pedras do caminho, construir-se-à um Brasil mais tolerante.