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Enviada em: 07/08/2017

Atualmente, a drag queen Pabllo Vittar vem se destacando no mundo da música, sendo um exemplo para outros transgêneros no que tange à superação de obstáculos trazidos pela homofobia. Nessa conjuntura, tal prática mata uma pessoa a cada 25 horas no Brasil, portanto, necessita ser discutida.    Primeiramente, é necessário compreender que o preconceito está enraizado no corpo social do Brasil. Nesse sentido, de acordo com o filósofo Jean-Jacques Rousseau, o homem nasce bom, a sociedade que o corrompe. Visto isso, a formação social brasileira, caracterizada pela imposição do etnocentrismo europeu, é responsável pela perpetuação de diversas formas de preconceito, bem como a homofobia.        Além disso, nesse mesmo viés, cabe ressaltar que políticas públicas nesse sentido não possuem ampla aplicabilidade. Nesse âmbito, o "Brasil Sem Homofobia", por exemplo, programa criado pelo governo para garantir os direitos dos LGBTs, existe há mais de 10 anos. No entanto, o número de mortes por conta da homofobia cresce cada vez mais, sendo o Brasil classificado, atualmente, como o país que mais mata transgêneros no mundo.        Torna-se evidente, portanto, que o respeito à singularidade e a tolerância de cada individuo é um fator de extrema importância. Nesse contexto, é fundamental que a mídia, através de documentários e reportagens, mostre a importância do respeito mútuo na sociedade, de forma a desconstruir pensamentos preconceituosos, bem como homofóbicos. Outrossim, é de incumbência do Governo Federal investir cada vez mais em políticas contra a homofobia, criando mais leis de proteção aos transgêneros, e, também, acentuando as punições para os transgressores dos seus direitos. Somente assim, a famosa frase de Aristóteles: “O importante não é viver, mas viver bem” fará sentido aos LGBTs.