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Enviada em: 12/08/2017

Na conjuntura social, atual, nota-se que a sociedade, no geral, tem dificuldade em lidar a com a homossexualidade e a diversidade sexual. Um dos maiores ativistas do século XX, Martin Luther king, escreveu que “a injustiça em um lugar qualquer é a ameaça a injustiça em todo lugar”. Essa frase está, intrinsecamente, ligada com a questão homofóbica, pois esse preconceito está tão arraigado no nosso cotidiano que em muitos países essa conduta não é considerada, juridicamente, um crime. Tal perspectiva é justificada pela construção de uma crença patriarcal, machista e hierarquizada segundo o qual o ser hétero é tido como normal.        O paradigma mitológico da antiguidade clássica proporcionou ao homem um fascínio pelas relações carnais fazendo com que, nessa época, não houvessem barreiras para sexualidade. Diferentemente, da idade clássica, a idade contemporânea carrega costumes conservadores embasados na religião judaico-cristã. Essa perspectiva religiosa, ao longo dos anos, fez com que o homem construísse o pensamento homofóbico baseado na óptica da heteronormativa que não legitima a homossexualidade como forma de expressão sexual. Vítimas desse tipo de conduta estão sujeitas a atos de violência e ridicularização que estimulam o isolamento social.         Em segunda instância, de acordo com o levantamento feito pelo grupo Gay da Bahia, no ano de 2013, a cada 28 horas uma pessoa é assassinada devido a sua opção sexual. Essa pesquisa, infelizmente, é a realidade em quase todo mundo ocidental, inclusive, em países como o Egito, Marrocos e Irã que manter relações homoafetivas é passível de prisão e em alguns casos há a pena de morte. Perante essa realidade é indubitável que o despreparo e o descaso do Estado perante a questão homofóbica alimenta a intolerância sexista que na esfera educacional e familiar estimulam, em muitos casos, ao suicido e a evasão escolar e domiciliar.         Em virtude do que foi mencionado, fica claro que para solucionar as questões referentes a homofobia, em curto prazo, é preciso promover uma parceria entre o Estado e a família com intuito de desconstruir a crença da hierarquização sexual. Portanto, cabe ao primeiro formular uma legislação criminal especifica para os casos de homofobia estabelecendo a criação de uma delegacia especializada para esse tipo de situação; além disso, é necessário a construção de centros de acolhimento para atender, principalmente, jovens e adolescentes que foram descriminados devido a sua opção sexual. Já o segundo, adjunto a mídia engajada, cabe formular teatros, novelas e campanhas educativas que estimulem a convivência entre as diferenças. Afinal, King morreu acreditando em um mundo sem injustiças.