Materiais:
Enviada em: 29/10/2017

É comemorado, no dia 17 de maio, o Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia, que relembra quando a Organização Mundial de Saúde desconsiderou a homossexualidade como uma doença, em 1990.  Apesar disso, infelizmente, a homofobia é um fato que é ainda intrínseco ao âmbito social, sendo consequência dos fatores históricos e da política conservadora brasileira, contrariando o artigo 3º da Constituição.       Em primeiro plano, os atos preconceituosos praticados contra a população LGBT+ é fruto da História que os persegue. A exemplo disso está a Igreja Católica - religião mais popular do mundo, influenciando, portanto, o comportamento de seus fiéis -,  visto que esta tratou como sodomia - considerada a pior das heresias - a prática homossexual. Em decorrência desse fato, só no Brasil foram registradas, por historiadores, mais de 4419 denúncias de sodomia, sendo alguns indivíduos condenados à fogueira. Além disso, na Segunda Guerra Mundial, o Holocausto não teve a participação apenas de judeus, mas também de gays, considerados raça impura.       De outra parte, a ala conservadora no âmbito político contribui para a prática da homofobia. Isso porque, de acordo com o jornal New York Times, o fato de o Brasil ser o lugar mais perigoso para os homossexuais - uma morte a cada 25h de acordo com o Grupo Gay da Bahia -, está intimamente ligado à falta de diálogo. E, infelizmente, a Bancada Evangélica contribui para tal, já que se opõe abertamente aos grupos LGBT+, proferindo discurso de ódio contra os mesmos, e acabam barrando discussões sobre esse ponto.       Evidencia-se, pois, que medidas devem ser tomadas para reverter essa triste realidade. Para tal, o Poder Legislativo deve incentivar o combate à homofobia, por meio da criação de uma lei, permanente e eficaz, que trate tal prática crime, assim como o racismo, a fim de diminuir o preconceito sofrido por essa minoria social e fazer valer o artigo 3 da Constituição, o qual diz que todos têm direito à liberdade.