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Enviada em: 13/08/2017

Quando vidas são limitadas pelo preconceito Antes pautada e tratada como distúrbio psicológico, à homossexualidade ainda é dada, por certa parcela da população brasileira, uma imagem contranatural a infringir as leis biológicas. Quer seja embasado por dogmas religiosos, o mais comum, quer seja por aspectos culturais patriarcais ou deficiência de instrução acerca do assunto, relatos mostram que os níveis de violência contra a comunidade LGBT, no Brasil, têm-se mantido alarmantes.  Como explicado por Durkheim, em sua teoria da exterioridade, tornou-se cultural, sobretudo numa sociedade machista como a brasileira, o apontar e repudiar expressões pessoais, ainda consideradas insólitas, como trejeitos femininos vistos em um homem ou mulheres masculinizando-se. Concomitantemente, o uso de jargões depreciativos foi “fagocitado” pela população, na confissão de seus preconceitos, que, muitas vezes, são materializados em agressões físicas. Vê-se, dessa forma, que a homofobia, no país, é um problema social passado de pai para filho.  Em uma de suas palestras, Leandro Karnal afirma a ofensa como sendo nada mais que um fracasso pessoal, podendo-se, assim, criar uma similitude com a impotência do homofóbico em aceitar diferentes orientações sexuais e, também, de compreender tal preconceito como assassino de si mesmo, uma vez que se perde parte de sua humanidade. Ademais, os efeitos psicológicos, causados pelo “bullying”, varrem os indivíduos transexuais, temerosos por suas vidas, para as margens da sociedade, os obrigando a empregos sub-humanos, como a prostituição.  Sendo assim, entendendo-se, também, a importância da mídia e sua influência sobre o país, é de suma urgência que o Poder Legislativo do Estado aja de forma a tornar a prática de incitação à homofobia, nos âmbitos de visibilidade, como TV e redes sociais, passível de punição prevista em lei, evitando figuras públicas, como Silas Malafaia, reverberando sentimentos obscuros, incitando novos crimes. Ademais, os municípios e estados deveriam criar campanhas educacionais capazes de instruir tanto jovens quanto adultos, no que se refere à homossexualidade e seus fatores genéticos, por meio de aulas e palestras, com a ajuda de médicos e psicólogos, corroborando para uma aceitação social.