Materiais:
Enviada em: 25/10/2017

A luta LGBT por respeito começou em 1696, na Revolução de "Stonewall" em Nova York. Desde então, houve um aumento de visibilidade e o reconhecimento de direitos em quase todo o mundo, inclusive no Brasil. No entanto, apesar dos avanços, a homofobia segue uma realidade e, sendo cultural, persiste enraizada na sociedade. Como consequência, os atos de violência verbal e física contra homossexuais são frequentes e, desse modo, torna-se necessário combater essa intolerância.       Em primeiro lugar, é inegável que direitos foram conquistados. A cada ano, aumenta o número de países que reconhecem a união homoafetiva, o que já acontece no Brasil desde 2011. Somado a isso, há uma ascensão da cultura LGBT, evidenciada pelo recente sucesso da cantora e "Drag Queen" Pabllo Vittar, entre outros. Todavia, o espaço de divulgação continua a reforçar estereótipos, o que é visto, por exemplo, em novelas nas quais o homossexual é mostrado como alívio cômico e quase nunca como um cidadão comum. Assim, um país dotado de tantas diferenças se mostra preconceituoso e conservador.       Nesse contexto, a ótica discriminatória da população é exemplificada pelo crescente apoio à "bancada evangélica" do legislativo - a qual apoia projetos, como o Estatuto da Família, que vão de encontro com os direitos alcançados pelos grupos LGBT - e pela grande incidência de atentados à vida de homo, bi e transsexuais. Outrossim, a homofobia é agravada quando a falta de aceitação ocorre dentro do ambiente familiar, comportamento que frequentemente leva gays e lésbicas jovens à depressão e ao suicídio - o qual já ultrapassa o câncer e a AIDS como uma das maiores causas de morte de jovens no Brasil e, segundo a Unesco, atinge mais a estes que a indivíduos heterossexuais.       Diante do exposto, é dever do Governo, por meio do poder legislativo, aprovar leis que criminalizem a homofobia e todas as "LGBTfobias", bem como torná-las circunstâncias qualificadoras do homicídio, a fim de criar vias de punição e intensificação da pena. Ademais, cabe à mídia proporcionar, através da representatividade na programação, a quebra de estereótipos, para que haja, assim, uma mudança de paradigma que permita a sociedade a desconstruir seus preconceitos.