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Enviada em: 17/08/2017

Segundo o eminente sociólogo Émile Durkheim, um fato social é gerado por meio da consciência coletiva que é constituída por maneiras de ser, pensar e agir de um determinado grupo social, ou seja, se não cumprir o que é normal diante do todo, será excluído socialmente. Todavia, a sociedade atual convive com as problemáticas que causam a homofobia. Nessa perspectiva, é urgente considerar a cultura heteronormativa e a violência às diferenças. De início, é lícito debater sobre o padrão imposto pela sociedade em que um heterossexual é considerado um indivíduo normal. “Hetero” que em Grego significa diferente e “norma” que em Latim significa esquadro constituem a formação da palavra heteronormatividade, ou seja, um conjunto de ações, relações e situações praticadas entre pessoas de sexo oposto. Isso porque, desde pequenos são educados a seguir rigidamente certos padrões no que diz respeito à sexualidade. Esse modelo de educação acaba semeando os primeiros frutos da cultura heteronormativa, o que acaba limitando a liberdade do outro de viver abertamente a sua orientação sexual. O resultado disso é a formação de adultos despreparados para aceitar e/ou conviver com o “diferente”. Ademais, é necessário destacar o alto nível de violência contra os homossexuais. Cada vez mais a sociedade depara-se com situações em que um indivíduo age de forma violenta pelo simples fato de não saber conviver com as ações de outros indivíduos. Prova desse cenário está em uma reportagem divulgada pelo portal de noticias online G1 a qual aponta: um homossexual morre no Brasil a cada 28 horas, fazendo com que o país seja o líder mundial no “ranking” da violência homossexual. Sendo assim, é notória a necessidade de medidas para diminuir as dimensões dessa série de problemas. Com a finalidade de atenuar a questão dos fatores que levam a repulsão aos homossexuais, é dever, portanto, da mídia e do governo agir em conjunto e com urgência. Esta deve continuar exibindo cenas com casais homossexuais em suas novelas e seus comerciais, com os fins de mostrar aos telespectadores a normalidade dessas pessoas; aquele deve implantar uma lei para minimizar a violência e punir os agressores, tal como a Lei Maria da Penha. Afinal, as marcas dessas agressões não podem ser encobertas.