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Enviada em: 19/08/2017

O repentino surgimento da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), na década de 80, fez surgir especulações sobre a causa da doença e, dentre outras, a principal era atribuída a homossexualidade. Contudo, sabe-se que a enfermidade é causada pelo vírus HIV. Em vista disso, torna-se notável a problemática da homofobia, que persiste intrinsecamente ligada à realidade do Brasil.            Segundo o escritor inglês William Hazlitt, o preconceito advém da ignorância. De maneira análoga, é possível perceber que percepções baseadas em conceitos religiosos, como a crença de que Deus criou homem e mulher a fim de que somente possa haver relações entre pessoas de sexos opostos, geralmente não consentem a comunidade homossexual. Portanto, a intolerância exterioriza-se e provoca sentimento de ódio na sociedade, causando diversas mortes no Brasil, seja por suicídio, seja por assassinato - de acordo com o Grupo Gay da Bahia, a homofobia causou mais de 216 homicídios em 2015.        Em contrapartida, a luta do grupo LGBT por isonomia vem conquistando espaço. O casamento gay, anteriormente não reconhecido pela justiça, foi legalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011. Nesse interim, foram registradas 8500 uniões homoafetivas, de acordo com o IBGE.               Destarte, depreende-se que, apesar da conquista da direitos pela comunidade LGBT, o preconceito ainda é uma problemática no Brasil. Portanto, cabe ao Estado, em sua figura do poder legislativo, considerar como crime a homofobia e estabelecer punições. Ademais, é importante que líderes religiosos conscientizem membros de suas instituições, através de discussões e reflexões. Além disso, devem ser realizadas palestras e campanhas educativas em escolas, por professores e especialistas, com o intuito de demonstrar que a relação homossexual deve ser respeitada. Afinal, como preconizava Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele.