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Enviada em: 21/08/2017

Intolerância é a não aceitação da diferença e a incapacidade de reconhecer opiniões diversas. Dentre as múltiplas manifestações, destaca-se a homofobia que deve ser amplamente discutida, pois se mostra latente no Brasil. É preciso, então, combater a barbárie que corrobora e a consciência que mantem essa questão.   É pertinente considerar o conceito moderno de bárbaro e propor uma alternativa, para a tolerância homoafetiva nacional. Para o professor Francis Wolff, “bárbaro é aquele que propõe, com sua teoria, a exclusão do outro” tal comportamento vem, ao longo da história, causando muitas mortes. Hoje, se manifesta no Brasil, onde determinada orientação sexual pode colocar a segurança do indivíduo em risco, pois é iminente a chance de agressão física ou verbal. Assim, como propõe o historiador Leandro Karnal, deve-se buscar a tolerância ativa que é a percepção de que a diferença é fundamental para o enriquecimento do mundo.   Outro aspecto a ser concebido é o fator cultural que molda determinadas atitudes. Para Durkheim, a consciência coletiva é capaz de coagir os indivíduos a se comportarem e pensarem de acordo com as regras de conduta prevalecentes. De modo que além de imperar o preconceito ao homossexual no Brasil, há também o medo de se realizarem denúncias, somando-se a isso a má qualidade do sistema e a inexistência de uma lei que especifique a homofobia como crime. Dessa forma, uma cultura do ódio e do medo podem ajudar a manter essa situação de violação dos direitos humanos.   Fica claro que é imprescindível frear a homofobia e educar a sociedade com mais aceitação. Para isso, é imprescindível que: o legislativo aprove um projeto de lei que criminalize a homofobia; o executivo mobilize recursos para que a lei seja cumprida, revitalizando delegacias e destinando policiais aos locais onde a incidência criminal é maior; e o judiciário dê penas coerentes com a gravidade da agressão cometida, propondo – inclusive – que os criminosos realizem trabalhos sociais em ONGs favoráveis à causa LGBT. Ademais, é importante que o Governo implemente nas escolas um projeto de conscientização discutindo a temática e orientando as novas gerações a exercerem a tolerância ativa. Para que se realize um processo civilizatório, que proteja às vítimas e castigue os agressores.