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Enviada em: 21/08/2017

Ao se assumir lésbica, a adolescente é expulsa de casa pelos pais religiosos. Na escola, o homossexual recebe apelidos pejorativos e é sempre associado pelos colegas a uma personalidade frágil e escandalosa. O cenário nos denota a necessidade de uma grave e importante discussão: a homofobia no Brasil.   Fatores socioculturais e religiosos influenciam diretamente o posicionamento aversivo à homossexualidade. No Estado Brasileiro, onde 80% da população se declara cristã, é incontestável que heranças dogmáticas se apresentem enraizadas, a exemplo do repúdio, partido da classe religiosa, à prática homossexual. Ademais, há resquícios antigos da repressão feita aos homossexuais, como na perseguição feita pelo regime nazista na Alemanha, na década de 1940, sob alegação de ameaça à consolidação do poder.      Destarte, o problema que muitas vezes é classificado como "liberdade de expressão", deve ser visto sob olhar de preocupação pelas autoridades, tendo em vista o ambiente hostil que comumente é traduzido em violência psíquica e física. Nesse sentido, a Universidade de Columbia nos Estados Unidos, em 2012, divulgou dados que revelaram que homossexuais estão cinco vezes mais propensos a tentar suicídio, o que se revela como consequência do caos psicológico provocado no indivíduo.      Urge, portanto, que, analogamente à mecânica de Newton, a inércia seja quebrada para que haja mudanças na polarização homofóbica da sociedade. Para tanto, é necessário que o Estado, através do Ministério da Educação, crie aplicativos especializados em denúncias contra o tema; a escola, juntamente aos pais, deve construir, por meio de discussões semanais com os alunos, a importância do respeito à diversidade de orientações sexuais; ONG's devem buscar a criação e adesivagem, próxima a centros religiosos, de cartazes com frases que mostrem que religião e tolerância podem andar juntas, e assim, a longo prazo, uma sociedade tolerante e possuidora de alteridade será construída.