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Enviada em: 27/08/2017

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o Brasil lidera o ranking mundial de crimes homofóbicos, apresentando um aumento de 31% em homicídios na última década. Pode-se notar que essas práticas devem-se a mentalidade da chamada “homofobia institucional” resultante da construção social histórica da sociedade, fundamentada em preconceitos e interferências das igrejas, assim, gerando a permanência e disseminação da homofobia no Brasil.    No Brasil colônia, a interferência de ordem religiosa mediava às leis contra a homossexualidade, punindo qualquer indivíduo que a praticasse. Atualmente, pode-se perceber o seguimento de tal instituição atuando na política. A “bancada evangélica” fundada em seus princípios acaba vetando propostas de leis voltadas à comunidade LGBT, como a criminalização da homofobia, causando assim, um obstáculo nas conquistas dos direitos civis. Destaca-se também, a falta de representatividade política dos LGBTs, o que impede esse grupo de lutar por seus direitos. Haja vista que, os representantes dessa comunidade integram-se em partidos com menor poder econômico e cobertura da mídia, resultando nesse déficit.    Casos como o de Dandara dos Santos, travesti espancada até a morte no Estado do Ceará, não são raros. A estruturação da intolerância inicia-se desde cedo, inclusive no ambiente escolar, onde a orientação sexual do aluno leva-o a sofre bullying. Desse modo, o ato de intolerância à diversidade sexual e de gênero nas escolas resultam na negação da orientação de muitos jovens brasileiros.    Portanto, o Poder Legislativo deve caracterizar a homofobia como crime para punir esses indivíduos que a praticam-na. Além disso, cabe ao Governo Federal junto com a mídia viabilizar essa representatividade LGBT no Congresso, expandindo o tempo das propagandas eleitorais para que o público conheça os candidatos desse grupo. Ademais, as escolas devem trabalhar em medidas preventivas de combate ao preconceito e respeito à diversidade sexual e de gênero, por meio de cartilhas e palestras.