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Enviada em: 30/08/2017

No universo de “Game of Thrones”, Loras um cavaleiro da casa Tyrell, foi preso pelo alto pardal, líder de uma seita religiosa o qual restabeleceu a fé militante, por crimes de sodomia, sendo submetido a torturas contínuas enquanto esteve confinado para que confessasse seus “pecados”. Fora da ficção, a homofobia continua sendo uma realidade no Brasil, tornando necessário a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.        A violência contra homossexuais só vem aumentando nos últimos 50 anos. Dados do Grupo gay da Bahia indicam que ocorreram pelo menos 346 mortes no Brasil em 2016 por motivos homofóbicos. Outrossim, a cada hora um LGBT sofre com discriminação, e na maioria das vezes acontece por meio das redes sociais que são utilizadas como ferramenta para propagar a homofobia. Esse ódio é consequência da religião, que ainda projeta ideias irracionais e inculca falsos valores na vida dos cidadãos. Mesmo o país autodenominando-se laico, é possível perceber, nos costumes e tradições, inclusive na política, referências da religiosidade.        Além disso, os números refletem uma carência de políticas públicas que combatam a discriminação e, consequentemente, reduzam o preconceito. Não há, pelas leis atuais do Brasil, um aparato que criminalize a LGBTfobia, já que a única lei proposta para resolver a questão foi arquivada ao chegar no Senado. Conseguinte, as famílias e as escolas que deveriam ter um papel fundamental na luta contra a homofobia, muitas vezes acabam piorando a situação, discriminado essa minoria, isolando-os socialmente. A escritora Maya Angelou afirmou que o preconceito é um fardo que confunde o passado, ameaça o futuro e torna o presente inacessível.         Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O poder público deve solicitar aos CEOS das principais redes sociais utilizadas, a criação de uma ferramenta que vete e denuncie comentários homofóbicos e seus perfis de usuários, sendo o ofensor sujeito ao bloqueamento da conta. O poder legislativo, judiciário e o executivo devem impor uma lei em que a homofobia seja tratada como crime, equiparando-se ao racismo, em que o agressor além de ser preso deva pagar à vítima indenizações pelo ato de discriminação. Assim será possível controlar e erradicar a homofobia no Brasil.