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Enviada em: 31/08/2017

Sabe-se que, na década de 80, com o advento da veiculação da Síndrome da Imunodeficiência Adquiria (AIDS) como uma doença de gays, verificou-se com maior intensidade a discriminação, violência física e verbal contra travestis e homossexuais. Percebe-se que esse pensamento discriminatório e atos violentos estão presentes no Brasil e no mundo, em especial na sociedade brasileira. Vê-se que a comunidade LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, entre outros) no Brasil convivem com uma difícil e perigosa realidade permeada pelo preconceito e opressão velados.     Nesse contexto, deve-se recordar que grupos religiosos disseminaram o preconceito mascarado pela religião, uma vez que consideravam a AIDS como um castigo de Deus para os gays. Dessa forma, observa-se que um pensamento semelhante ainda se encontra forte na sociedade; se lançarmos o olhar para o congresso nos deparamos com a bancada evangélica gritando ''Cura Gay''. Os reflexos desse preconceito e opressão velados se transformam em dificuldades de inserção em várias esferas sociais como, por exemplo, no mercado de trabalho, haja vista que se entrarmos dentro de locais trabalhistas enxergamos pouca diversidade entre os empregados. Além disso, o machismo enraizado contribui todos os dias para a homofobia em questão no Brasil, basta ver que, recentemente, torcedores do Clube Atlético Mineiro espalharam faixas com termos homofóbicos no estádio para ofender a torcida rival.     Desse modo, nota-se que o respeito ainda é uma realidade distante para a comunidade LGBT+ no Brasil. O papel da família é de extrema importância no combate à homofobia, embora os preconceitos sejam repassados e moldados dentro de casa, cabe ao núcleo familiar que ampare seus filhos LGBT+ a fim de diminuir o abandono que é tão comum na sociedade. A escola tem um papel excepcional visando quebrar os preconceitos infundados nos lares, com palestras, documentários, filmes e estudos sobre orientação sexual e ideologia de gênero.     Assim, percebe-se que, primeiramente, a sociedade brasileira aprenda que suas crenças não devem atrapalhar a vida do outro, portanto, a mídia tem o papel fundamental ao ensinar que respeito é a base para termos um corpo social melhor, com novelas, séries e curtas metragem que possam ser exibidos para toda a população com o intuito de falar sobre a comunidade LGBT+, segundo o professor Leandro Karnal, quando falamos sobre o assunto quebramos estereótipos e mitos sobre o mesmo. Também, é essencial que o poder legislativo crie uma lei voltada, exclusivamente, a práticas de intolerância a diversidade, visando diminuir a questão da homofobia na sociedade brasileira.