Enviada em: 08/09/2017

Já afirmava Claude Lévi-Strauss: "O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele", nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, a empáfia, em contrapartida a empatia. Desde os impérios da Idade Antiga, o pensamento humano sempre foi variável, em um determinado momento ser homossexual era correto, em outrora era digno da pena de morte. Dessa maneira surge a problemática da homofobia, qual persiste, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, ora pela lenta mudança na mentalidade social, ora pela ineficácia governamental.       É indubitável que o desamparo Estatal seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para o eminente filósofo Hobbes, o homem em seu estado de natureza, torna-se seu próprio lobo, carecendo de um poder centralizado para ministrar harmonia. De forma análoga, tal pensamento é rompido, haja vista que, o Estado não possui uma legislação que contemple a proteção aos indivíduos homossexuais. Não obstante, com o egocentrismo heterossexual, os indivíduos de escolha contrária sofrem violências verbais e físicas- o governo não detém o lobo.       Outrossim, a lenta mudança na mentalidade social recrudesce o desafio da tolerância sexual. José Saramago, em seu livro "Ensaio sobre a Cegueira", descreve uma sociedade que paulatinamente torna-se cega. Metáforas a parte, é exatamente o que se sucede quando a comunidade vê em sua lógica excludente o homossexual como diferente. Todavia, algo pior que o preconceito, é o medo frequente na vida deles.       Infere-se, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O Poder Legislativo, a fim de auxiliar a combater a homofobia deve criar uma lei que a caracterize como crime, impondo severas penalidades. Concomitantemente, o Poder Executivo deve por meio de palestras, rodas de discussão, e reforço nas aulas de sociologia, em escolas de nível médio e fundamental conscientizar os jovens, por conseguinte, toda a comunidade. Saramago cita: "Se podes olhar, vê, se podes ver, repara", nesse contexto,  a cegueira será efêmera se a sociedade for tolerante.