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Enviada em: 10/09/2017

Na Grécia Antiga, era comum observar casais homossexuais nas ruas; na Idade Média, eles eram perseguidos e julgados como hereges pela Santa Inquisição; já no século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, foram discriminados e mortos. Hodiernamente, no Brasil, muito se discute sobre a questão dos homoafetivos. No entanto, apesar de terem  direitos garantidos por leis, ainda sofrem pela problemática da homofobia, a qual é intensificada pela liquidez e pelo patriarcalismo do corpo social brasileiro.    Mormente, o relacionamento do ser humano com outro está progressivamente mais frágil, contribuindo para o aumento da intolerância e violência. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, vive-se a pós modernidade líquida, a qual é caracterizada pelas relações tênues. Vislumbra-se isso quando muitos brasileiros não conseguem se colocar na situação de outro indivíduo, sem saberem agir diante de opiniões, sentimentos e pensamentos diferentes daqueles que já estão habituados, como ocorre entre os homofóbicos e os homossexuais. Eles, por não aceitarem o fato de que haja pessoas que sentem atração e amor pelo mesmo sexo, expressam sua aversão e intolerância por meio de agressões físicas e psicológicas, acarretando até mesmo a morte de suas vítimas. Dessa forma, a liquidez da sociedade brasileira faz a comunidade LGBT sofrer, frequentemente, atitudes que ferem os Direitos Humanos, sendo necessárias as mudanças.    Outrossim, o corpo social brasileiro é estigmatizado historicamente pelo patriarcalismo. A obra "Um funcionário à passeio com sua família" de Debret, retrata essa característica, a qual deve-se ter o homem como chefe da família e a mulher sempre atrás dele. Esse arquétipo de pensamento contribui para o aumento da homofobia, a qual se baseia que o certo é o relacionamento entre um homem e uma mulher. Mediante isso, os homofóbicos desrespeitam e agridem os homossexuais, ficando, frequentemente, impunes desses atos, pois ainda não há uma lei específica que criminalize as práticas homofóbicas. Logo, muitos cidadãos ficam desamparados com a falta do exercício da justiça, proveniente de um Estado marcado pelo machismo, sendo preciso mudar isso.     Na esteira dessa discussão, depreende-se que medidas são necessárias para combater a homofobia no Brasil. Portanto, cabe ao Estado, além de criminalizar a homofobia, criando leis específicas que punam os agressores, fiscalizar de forma eficiente quem pratica esses atos para que sejam diminuídos. Ademais, é dever das famílias brasileiras, junto com as escolas, educarem os indivíduos a respeitarem a alteridade dos outros, incentivando-os a criarem relações mais sólidas e menos machistas. Assim, poder-se-á eliminar esse mal que aflige os homossexuais, assegurando os Direitos Humanos.