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Enviada em: 11/09/2017

Embora o Brasil, por ser miscigenado seja tido por outras nações como tolerante, o cotidiano retrata uma sociedade que devido há uma herança patriarcal, ainda vive sob a mácula da intolerância em relação aos homossexuais. Com base nisso, houve um aumento nos últimos anos, do índice de pessoas homoafetivas que sofreram algum tipo de violência, segundo estudos da Secretaria dos Direitos Humanos. Isso é fruto, quase sempre, de uma falha na formação do caráter de muitos brasileiros, e também da impunidade aos crimes de ódio.    Em primeiro lugar, cabe destacar que a homofobia fere o direito à dignidade e à isonomia da Constituição Brasileira de 1988, que garante a liberdade de escolha de cada indivíduo e a igualdade de tratamento entre todos os cidadãos. Contudo, isso não é visto no Brasil, uma vez que muitas pessoas não aceitam a homossexualidade e a consideram, não só uma anomalia, como também uma perversão. Assim, pode-se perceber que um dos fatores dessa atitude anacrônica persistir na sociedade brasileira, é que a homofobia ainda não foi criminalizada, e a existência do discurso de ódio, muitas das vezes, oriundo de fanáticos religiosos.    Por outro lado, é imprescindível retratar, também, o fato de que no Brasil, a cada 28 horas, um homossexual é morto, boa parte das vezes, com requintes de crueldade, de acordo com levantamentos da ONG que defende essa minoria, o Grupo Gay da Bahia. Esse dado revela a realidade repugnante de um país preconceituoso, que ainda carrega traços de seu passado colonial, no qual considera certos indivíduos superiores em relação a outros. Ademais, há o fato da intolerância, com pessoas homoafetivas, ser um problema, sobretudo cultural, ou seja, que tem haver como uma má formação ética de muitos cidadãos, que possuem um comportamento desrespeitoso com o próximo.    Fica evidente, portanto, que como citou a escritora Hellen Keller, a educação é o principal meio de combater a intolerância. Logo, cabe à mídia, junto com a Secretaria dos Direitos Humanos, por meio de campanhas de conscientização na Televisão, intensificar as propagandas de combate à homofobia e ao discurso de ódio. Isso deve ocorrer com a intenção de alertar e conscientizar a população das consequências dessa prática preconceituosa. Do mesmo modo, os principais agentes formadores, escola e família, precisam, por meio do diálogo, ensinar às crianças, a importância dos valores, como o respeito às diferenças. Já o Legislativo deve aprovar o projeto de lei 122, que criminaliza da homofobia no Brasil, a fim de reduzir os atos violentos contra essa minoria social. Isso tem que acontecer aliado com a criação de delegacias que funcionem 24 horas dedicadas aos crimes contra essa minoria.