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Enviada em: 17/09/2017

Mascarada de religião, ou até ciência, a intolerância é a maior e mais cruel assassina da humanidade. Matando milhões, na Idade Média, das formas mais cruéis possíveis, como na inquisição com a legitimidade de uma população cega pela religião; ou na Idade Moderna, escravizando e humilhando milhares de negros com o aval de uma ciência errônea. Se tratando da intolerância de gênero não é diferente: disfarçada de religião - que considera a prática pecado - e de uma pseudo-ciência que afirma que o "natural" é a heterossexualidade, ela mata centenas de brasileiros.     A homofobia está intrínseca nas micro-relações cotidianas. Recorrentes piadas homofóbicas "para descontrair" e frases preconceituosas como "respeito, mas longe de mim", "é contra a natureza" ou "é pecado", são aceitas socialmente por serem consideradas "opiniões inofensivas". O problema é que de inofensivas essas sentenças não têm nada. Reforçam cada vez mais a intolerância e exclusão dessas minorias resultando no quadro catastrófico de: uma vítima de homofobia a cada 28 horas (dados coletados pelo Grupo Gay da Bahia em 2003).    Com medo de retaliação e não aceitação, inclusive no âmbito familiar, homossexuais são abandonados à própria sorte sem poder contar nem com a proteção do próprio estado que ainda não considera homofobia um crime. Esse desamparo generalizado faz com que muitos tomem medidas drásticas, chegando a tirar a própria vida.     A homofobia precisa parar! Para que isso ocorra, é urgente a criação, pelo poder legislativo, de uma lei que criminalize o ato deplorável. Juntamente com a criação, pela polícia federal, de uma operação policial específica que investigue e puna os responsáveis. O papel da mídia também é fundamental, dando maior visibilidade a essa minoria em novelas e programas que tratem sobre o tema. Por fim, é imprescindível que a sociedade se responsabilize e una afim de não aceitar mais homofobia de nenhum tipo, acabando assim, com o sofrimento e a angústia de milhões de inocentes no país.