O Brasil devido ao fato de ser miscigenado, ele é tido por outras nações como “tolerante”. Todavia, o cotidiano retrata uma sociedade que, ainda vive sob a mácula da intolerância em relação aos homossexuais, fundamentado na sua herança patriarcal. Com base nisso, houve um aumento, nos últimos anos, do índice de pessoas homoafetivas que sofreram algum tipo de violência, segundo estudos da Secretaria dos Direitos Humanos. Isso é fruto, quase sempre, da impunidade aos crimes de ódio, e também de uma falha na construção do caráter. Em primeiro lugar, cabe destacar que discriminar uma pessoa em virtude da sua orientação sexual, fere o direito à dignidade e à isonomia da Constituição Brasileira de 1988, que garante a liberdade de escolha de cada indivíduo e a igualdade entre todos os cidadãos. Contudo, no Brasil, muitas pessoas não aceitam a homossexualidade e a consideram, não só uma anomalia, como também uma perversão. Assim, pode-se perceber que um dos fatores dessa atitude anacrônica persistir na sociedade, é que a homofobia ainda não foi criminalizada, de forma que o projeto de lei existe, mas ainda não foi aprovado. Por outro lado, vale retratar, também, o fato de que no Brasil, a cada 28 horas, um homossexual é morto, boa parte das vezes, com requintes de crueldade. Isso de acordo com levantamentos, realizados em 2015, pelo Grupo Gay da Bahia, ONG que defende tal minoria. Aliás, esse dado revela a realidade repugnante de um país preconceituoso, que ainda carrega traços de seu passado colonial, no qual considera certos indivíduos superiores. Dessa maneira, então, pode-se notar que a homofobia, é um problema sobretudo cultural, relacionado com a má formação ética de muitos cidadãos, que não respeitam o próximo. Fica evidente, portanto a necessidade de combater a homofobia no Brasil. Logo, cabe ao Legislativo aprovar o projeto de lei 122, que criminaliza a discriminação com os homossexuais, além de criar delegacias especializadas nesse tipo de crime, que funcionem 24 horas. Isso deve acontecer, a fim de reduzir os atos violentos contra essa minoria e cumprir o que se encontra na Constituição. Já a mídia, junto com a Secretaria dos Direitos Humanos, por meio de campanhas de conscientização na televisão, deve intensificar as propagandas de luta contra a homofobia. Do mesmo modo, os principais agentes formadores, escola e família, necessitam, por meio do diálogo, ensinar às crianças a importância dos valores, como o respeito. Tais ações precisam ocorrer, com a intenção de ratificar o preconceito com os homoafetivos e construir uma sociedade mais tolerante.