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Enviada em: 21/09/2017

Desequilíbrio Aristotélico      A palavra homofobia significa ódio, repulsão, aversão irreprimível ou medo dos homossexuais. O termo foi criado em 1965 por George Weinberg, psicoterapeuta americano, e só surgiu na mídia 4 anos depois. Dentre tantas definições, a melhor para descrever o que os homossexuais têm enfrentado ao longo dos anos é a palavra intolerância. Isso ocorre devido a ineficácia do Legislativo em promover leis para proteção desse grupo e pela postura omissa e complacente da sociedade.      É inegável que os discursos de ódio presentes na sociedade homofóbica são causadores de diversos tipos de agressão e crimes. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se um rompimento na harmonia aristotélica, uma vez que o Legislativo não aprova a homofobia como crime devido ao medo de alguns candidatos ao fazerem isso, não conseguirem se reeleger depois, e assim permitem a perpetuação de discursos de ódio e agressões de todos os tipos. Desse modo, nota-se a extrema necessidade de uma legislação que criminalize tais atos como forma de combate à problemática.     Outrossim, destaca-se a postura do povo brasileiro como sendo impulsionadora do problema. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de uma sociedade agir e pensar. Nesse contexto, nota-se como a posição de grandes parcelas da população perante ao isolamento social e a intolerância aos homossexuais representa uma postura omissa e complacente, fazendo com que esse comportamento seja passado de pessoa para pessoa e constitua um fato social. Assim, percebe-se como atitudes discriminatórias podem se apresentar de variadas maneiras.     Entende-se, portanto, que embora os direitos sociais e individuais, a igualdade e a justiça sejam garantidas para toda a população, a maior parte da comunidade homoafetiva não usufrui desses fatores. Para atenuar o problema, é preciso que o Legislativo crie leis que punam crimes homofóbicos com prisões e pagamentos de multas, aprovando a emenda proposta pelo Judiciário que cria um Estatuto da Diversidade Sexual. Além disso, podem aplicadas campanhas pelos canais midiáticos, com propagandas e postagens incentivando a igualdade, a tolerância e o respeito, com números para denuncia desse tipo de discriminação. Dessa forma, será possível ampliar a participação popular e minimizar esse intenso fato social.