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Enviada em: 24/09/2017

Nenhuma pessoa deve sofrer discriminação pela sua cor de pele, religião ou opção sexual. Esse é um dos princípios defendidos pela Declaração dos Direitos Humanos. Entretanto, a manutenção de uma sociedade arcaica e a fragilidade do código penal brasileiro são pilares para a permanência da homofobia no país.       Deve-se destacar, dessa forma, que historicamente os homossexuais sempre foram tratados com repúdio e preconceito. Nesse sentido, constantes atos violentos contra pessoas LGBT podem ser presenciados até os dias de hoje causando sequelas irreversíveis à vítima, como doenças físicas e psicológicas. Além disso, a homofobia pode se estender para diversos meios da sociedade, como o familiar, escolar e profissional ocasionando no afastamento do homoafetivo da vida social. Logo, mudar esta realidade é uma necessidade e não um fato opcional.       É importante observar, também, que a ineficácia do código penal brasileiro, que é o mesmo desde 1940, e brechas constitucionais são responsáveis diretos da homofobia no Brasil. Dessa maneira, muitas pessoas sentem-se livres para cometer atrocidades contra homossexuais, como assassinatos e espancamentos ou até mesmo formas "invisíveis" de preconceito, como o bullying escolar, demissão de empregos, entre outros. Um estudo realizado aponta que 2 em cada 3 homossexuais já passaram por momentos trágicos de homofobia intensa.       "O que é preconceito senão uma falta de consciência com a própria espécie". Percebe-se, na frase do geógrafo e pensando brasileiro Milton Mendes, que a homofobia caracteriza-se como um retrocesso à sociedade e precisa ser combatido. Portanto, é importante que discussões construtivas sejam abertas dentro do espaço escolar e no meio familiar com o objetivo de difundir a liberdade de opção sexual. Outrossim, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas em homofobia, a fim de atenuar a prática de atos violentos contra homossexuais na sociedade, além de aumentar a pena para quem o praticar. Ademais, a mídia e as plataformas digitais, como importantes instrumentos de conscientização social, devem realizar programas e propagandas visando diminuir os casos de homofobia e promover a tolerância sexual.