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Enviada em: 25/09/2017

Já sabe-se, graças ao avanço científico, que a diversidade de orientações sexuais na espécie humana é uma condição natural. Apesar disto, o número de casos de intolerância à homossexualidade tem aumentado substancialmente no Brasil e no mundo, sendo considerado crime em muitos países. Em terras tupiniquins, todo esse preconceito é proveniente de ideologias enraizadas, como também pela inconsistência política e judicial.   Primeiramente, é evidente que a intolerância sexual tem relação com questões históricas e religiosas. O machismo, patriarcalismo e fundamentalismo religioso cristão são os principais responsáveis pela manutenção das práticas homofóbicas. Há um conceito tradicionalista de que homens devem relacionar-se com mulheres, não cabendo, portanto, variações deste modelo. Aquele que sai deste contexto é julgado como não condizente com o padrão, sendo merecedor  de duras agressões verbais e físicas, gerando a homofobia.   Não obstante, não existe legislação que estabeleça a homofobia como crime. Governantes, também pautados no tradicionalismo, não elaboram propostas de leis que visem a criminalização de tal prática. O sistema judiciário, sem legislação específica que o embase, trata a homofobia de forma mais branda, contribuindo, assim, para a manutenção de tais atitudes. Esse cenário gera insegurança na comunidade LGBT, fazendo com que integrantes dessa minoria que são agredidos não façam a denúncia, possibilitando, então, a manutenção do problema.   Logo, é evidente que medidas são necessárias para erradicar a homofobia no Brasil. É função dos políticos, discutirem e votarem, no plenário, medidas de criminalização da homofobia. Em escolas, é preciso abordar o tema em todas as disciplinas, de maneira a erradicar o pensamento preconceituoso frente à opção sexual distinta daquela considerada. ONGs podem atuar na sensibilização de integrantes de igrejas cristãs, para que estes entendam que o problema está, na verdade, na intolerância que tanto é pregada em nosso meio.