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Enviada em: 27/09/2017

Segundo o filósofo John Locke, o ser humano ao nasce pode ser comparado a uma folha em branco, que vai sendo preenchido conforme suas experiências. Nesse sentido, o preconceito advém da influência da sociedade. Os casos de homofobia derivam não somente de posições religiosas discriminatórias, mas também pela falta de lei especifica sobre o tema. Isso impede a construção de um Brasil livre de intolerância.     As religiões estão intrinsecamente ligadas a construção da sociedade brasileira. Isso resultou em costumes e valores influenciados por posicionamentos religiosos, os quais resultam em muitos casos de intransigência contra  homossexuais. É recorrente a veiculação de videos e postagens, em mídias digitais, nos quais líderes religiosos propagam discursos homofóbicos como, por exemplo, o deputado federal e pastor Marcos Feliciano que postou em uma rede social suas visões distorcidas e carregadas de ódio sobre as relações homoafetivas. Essas posturas de líderes populares potencializam atos de preconceito.     Ainda que ocorra uma morte a cada dia no Brasil relacionada com a homofobia, o cenário político não tem sido sensível a causa. Essa insensibilidade é preocupante. De acordo com levantamento realizado pelo site G1, pouco mais da metade dos deputados recém eleitos é solicito à aprovação de uma lei que criminalize práticas homofóbicas. Essa sensação de impunidade contribui para a ocorrência de ações discriminatórias.        Em sua obra, o poeta Carlos Drummond de Andrade, cita que ninguém é igual a ninguém, todo ser humano é um estranho ímpar. Nessa direção, as visões religiosas e políticas são contrarias ao respeito da escolha sexual dos cidadãos. Sendo assim, cabe ao Governo Federal a criação de uma proposta de emenda constitucional para penalizar violências verbais, discursos de ódio e agressões físicas. Além disso, as mídias devem realizar debates públicos entre lideres de grupos LGBT e a sociedade para exposição de como preconceito é nocivo para quem o sofre. Só assim o país deixará os relatos de preconceito apenas nos livros de história.