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Enviada em: 26/09/2017

Na obra naturalista “O cortiço” de Aluísio de Azevedo, publicado em 1890, é presenciado na literatura brasileira pela primeira vez um romance com temática homofoafetiva. A representação dos personagens gays é retratada como algo imoral, anormal e patológico. Nesse sentido, é observado que práticas de intolerância sexual são decorrentes de um legado histórico-cultural e que a falta de atitudes governamentais nesse âmbito agrava a situação.  Primeiramente, é preciso destacar a situação atual em que a minoria da comunidade LGBTQ vive. Segundo dados do jornal G1, em dez anos, 465 pessoas foram vítimas do preconceito somente no estado de São Paulo. À medida que tais atitudes humilhantes são banalizadas e vistas como símbolo de virilidade masculina, torna-se algo cultural e que deve ser combatido.  Somado a isso, outro fator que colabora para o aumento no índice de casos de discriminação é a ausência de leis. Opressores não são punidos na grande maioria dos casos registrados e se veem livres para ofender ou agredir alguém pela sua condição sexual. Nesse cenário, a tese de Thomas Hobbes “a intervenção estatal é necessária, como forma de proteger os cidadãos de maneira eficaz” é essencial, de forma que, o Estado ao tomar providências sobre o assunto, proteja a comunidade, fazendo valer o pensamento desse filósofo. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para corrigir essa problemática.  Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado proteger essa minoria da violência, tanto física como moral, criando campanhas de combate à violência, além de impor leis rígidas e elaboração de canais online para a realização de denúncias. Some-se isso a campanhas nas escolas por debates e teatros com o intuito de conscientizar a geração atual acerca desse preconceito, formando uma sociedade respeitosa. Desse modo, o romance de Aluísio de Azevedo será apenas um símbolo de um passado em que os Direitos Humanos não eram para todos.