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Enviada em: 10/10/2017

Regressão Contemporânea         Durante a Idade Média, a igreja cristã repugnava as relações afetivas que aconteciam entre pessoas do mesmo sexo, considerando-as um grande pecado, haja vista que descumpriam seus dogmas e sua ideologia. Contudo, embora a sociedade tenha evoluído até então, ainda é possível presenciar alguns acontecimentos como estes, em que homossexualidade não é vista apenas como pecado, mas também, como rebeldia, confusão mental ou até mesmo uma doença. Logo, é contraditório pensar que essa discriminação ainda existe em um período histórico considerado "avançado" e que é um empecilho para o desenvolvimento social no Brasil.       O aumento dos índices que indicam a crescente prática de homofobia no Brasil tem sido significativo. As estatísticas apresentam que, somente no ano de 2016, foram mortos mais de 300 pessoas que integram o segmento LGBT. Todavia, é um paradoxo considerar que essa prática persiste em um contexto atual em que se aumentaram os debates e as manifestações referentes à busca de direitos, liberdade de expressão e igualdade, assim como assegura a Constituição Federal Brasileira.             Sob esse aspecto, o filósofo Aristóteles já abordava no Princípio da Isonomia a necessidade de tratar todos como iguais à medida da sua desigualdade, ou seja, é preciso beneficiar aqueles que são rebaixados socialmente, para assim equilibrar a realidade de todos os indivíduos. Dessa forma, é de extrema importância incorporar tal princípio junto a sociedade brasileira, com o objetivo de reparar socialmente os danos físicos, psicológicos e morais já exercidos pelos homofóbicos no Brasil, tendo em vista que a homofobia no Brasil cresce a cada dia devido a ausência de uma lei que concretize essa prática como crime.             Torna-se evidente, portanto, que a aversão a homossexuais constitui-se como um bloqueio que impede a convivência harmônica dos indivíduos em sociedade. Logo, é preciso que o Legislativo atue nesse processo junto com as autoridades públicas, através da elaboração de uma lei punitiva aos que praticam a homofobia e de sua efetivação. Outrossim, é importante a participação do Ministério da Educação, incluindo na matriz curricular do ensino médio uma matéria que trate sobre a sexualidade, abordando a importância do respeito à diversidade, com o objetivo de mostrar aos alunos que todos merecem dignidade e apoio social. Assim, por meio dessas alternativas, os homossexuais terão igualdade, liberdade e respeito como qualquer outra pessoa.