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Enviada em: 13/10/2017

De forma análoga ao observador na obra “A Origem”, é inegável que articulações ideológicas são presentes e perigosas no âmbito hodierno. Desse modo, percebe-se o rastilho dos crimes de ódio tangentes aos homossexuais no país. Nesse contexto de desrespeito, há dois fatores que não devem ser negligenciados como a falta de estrutura social e organizacional.         Primeiramente, convém frisar o preconceito intrínseco da sociedade. Segundo Michael Foucault, a homossexualidade na idade moderna esteve denominada por ser um processo patológico, tal alcunha foi difundida pelas ciências medicas e algumas religiões, que buscaram alterar a homo afetividade para o “padrão” dominante vigente da heterossexualidade. Nesse cenário, encontra-se o corpo social dispersos em ideais errôneos outrora difundidos, considerando-se que não possuem um auxílio de como lidar com as diferenças sociais, uma vez que orientação sexual e identidade de gênero são termos que ainda não estão compreendidos pela a maioria da população.       Outrossim, a Constituição Federal assegura que todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção, tendo direito à liberdade e igualdade. Entretanto os frequentes casos de violência física e moral mostra que esses indivíduos ainda não experimentaram esses direitos na pratica, haja vista que segundo dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia- GGB a cada 25 horas um LGBT foi assassinado no ano de 2016. Tal fato, pode se associar com a falta de uma lei específica que criminalize a homofobia, além de estimular que cada vez menos os violados procurem ajuda em delegacias.           Torna-se evidente, portanto, o desrespeito à diversidade sexual no país. A fim de que essa caótica questão seja elucidada é mister que a tríade Estada, Educação e Mídia atuem em conjunto instruindo a população e combatendo a homofobia. Para que isso ocorra torna-se imperativo que: o Ministério da Educação aproveite a reformulação do ensino médio e acrescente disciplinas de orientação e diversidade sexual, paralelamente a isso a mídia deve debater o tema da Homofobia, com o fito de desconstruir a prevalência de uma orientação sexual sobre as demais. Além disso , é recomendável a discussão e uma lei específica para que os atos de discriminação homoafetivas sejam punidos severamente e que garanta que os casos denunciados sejam devidamente julgados por juízes e defensores públicos . Assim, o principio da dignidade da pessoa humana será erga omnes; igual para todos.