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Enviada em: 30/09/2017

Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca do combate à homofobia no Brasil. Infelizmente, no paradigma atual, a cada 25 horas é morto um LGBT no país, segundo o Grupo Gay da Bahia. Assim, é notório que a violência para com esse grupo atingiu níveis inimagináveis e a dignidade do indivíduo não é respeitada. Logo, compreender os elementos que mantêm esse cenário é fundamental para alcançar melhorias.     À princípio, é válido salientar que a persistência da homofobia está intimamente ligada ao preconceito histórico presente na sociedade. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de raciocínio, observa-se que a homofobia pode ser encaixada na teoria do sociólogo, uma vez que se um indivíduo cresce em uma família com hábitos discriminatórios, tende a adotá-los também por conta da vivência em grupo. Como consequência, o preconceito é passado de geração em geração, o que garante a continuidade da emblemática em questão.     Outrossim, é importante analisar a ineficácia do Estado no combate a esse tipo de prática. De acordo com a Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Entretanto, apesar da diferenciação e violência sofrida por esses indivíduos,nota-se um cenário de negligência e omissão pelo poder público e, até mesmo, a aprovação de projetos de lei que promovem a naturalização da homofobia. Prova disso, foi a permissão dada aos psicólogos para realização de tratamentos que visam a reorientação sexual de homossexuais.      Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, os elementos que colaboram para a manutenção do atual quadro negativo no país. Cabe a mídia, como formadora de opiniões, em conjunto com as ONG's, a difusão do movimento LGBT e a denúncia de práticas antidemocráticas adotadas pelo governo. É fundamental, ainda, o papel da escola no combate à homofobia, através de palestras e debates sobre o tema, com a inclusão da família. Assim, gradativamente, a igualdade será uma realidade para todos.