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Enviada em: 03/10/2017

A Parada do Orgulho LGBT é um evento que acontece todo o ano na cidade de São Paulo, tendo a Avenina Paulista como seu palco. Segundo dados da estatal SPTuris, esse é o maior evento da cidade e o segundo maior do país, perdendo apenas para o Carnaval carioca. O objetivo do mesmo  é a manifestação a favor dos direitos civis da comunidade LGBT e reivindicar a lei que, surpreendentemente, não existe: a criminalização da homofobia, fato comprovado e persistente entre a sociedade brasileira.      De início, podemos definir a homofobia como todo e qualquer ato agressivo contra o homossexual. De acordo com o ativista Agripino Magalhães, a cada vinte e cinco horas, um LGBT é vitima de homofobia no Brasil. Contudo, esse dados ainda são irrisórios, pois apenas 5% desses casos são reportados a Polícia, pois ainda existe o medo de diversos fatores: aversão familiar, retaliação do agressor e, também, falta de justiça pública.     Por exemplo, muitos homossexuais são expulsos de suas casas por pais intolerantes, agravando assim dois dados: o índice de evasão escolar, comprovado pela falta de condições para continuar seus estudos, e também o índice de suicídio. De acordo com o grupo E-jovem, mais de mil adolescentes cometem suicídio por ano, mais de 3 por dia, por conta de sua homossexualidade. Dentre esses casos, 75% já tentaram reverter essa situação, ou seja, "deixar" de ser homossexual.      Ainda assim, no mês de setembro de 2017, foi concedida uma preliminar que concede a psicólogos a permissão para fazer terapias de reversão sexual. Essa decisão foi amplamente criticada pela comunidade LGBT que afirmava ter um governo que os considera "doentes" e, em contra partida, aprovada por diversas entidades conservadoras. O fato é que, mesmo que se permita uma reversão, não se tem feito nada para deter as agressões físicas e morais já existentes. Existem projetos de leis pendurados que não saem do papel, fazendo o país a ser considerado internacionalmente com a voz do jornal norte-americano The New York Times como o mais inseguro para homossexuais.     A partir do pressuposto, a homossexualidade no Brasil é vítima de preconceitos, injúrias e agressões, tendo um governo que pouco se manifesta para reverter a situação. Ao governo cabe a criminalização da homofobia e aumentar suas políticas de proteção à comunidade LGBT, constitucionalmente fragilizada. Além disso, a população deve se abster de atos aversivos, respeitando os homossexuais e suas escolhas, e também abraçar a causa, lutando sempre contra a intolerância. E por fim, os LGBTs devem permanecer lutando todos os dias, respeitando aqueles que, por diversos fatores, não concordam com essas atitudes, exibindo o caráter limpo da luta pela igualdade.