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Enviada em: 03/10/2017

No livro Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo, Dante é um jovem gay que, meio a um encontro com seu parceiro, é espancado por quatro garotos homofóbicos. Fora dos livros e no Brasil, a homofobia é um grave problema e cenas como essa colocam nosso país em primeiro lugar no ranking dos países que mais matam homossexuais, segundo o Grupo Gay da Bahia. Com isso, faz-se necessário analisar fatores que contribuem para esses índices.     A cerca disso, é tácito citar que, em seu diálogo Mênon, o filósofo Platão afirma que, cada ação humana, em vez de ser uma dúvida ou pergunta, é uma afirmação categórica. Por conseguinte, depreende-se que, se algumas pessoas reproduzem ações odiosas em relação a homossexuais é porque têm em mente uma afirmação, ou seja, uma ideologia de que essas pessoas não merecem respeito só porque mantém relações homoafetivas. Esse tipo de comportamento nasce da falta de uma educação baseada no respeito das individualidades do próximo, pois, como estudado por Kant, a educação é um dos fatores determinantes da formação humana.     No entanto, essa questão está longe de ser resolvida. Isso porque, hodiernamente, ainda não há nenhuma lei que trate a homofobia como crime e, assim, pode-se dizer que a comunidade LGBT encontra-se desprotegida pelo Estado e sem qualquer recurso legal para punir devidamente a violência que sofrem. Além disso, nas escolas, poucos professores sabem como abordar a homossexualidade e a homofobia corretamente e segundo a recomendação de psicólogos, ou seja, de acordo com a idade de cada aluno. Logo, educadores são impossibilitados de desfazer preconceitos ou prevenir que esses sejam feitos, pois como dito pela escritora Helen Keller: "o resultado mais sublime da educação é a tolerância."       Desse modo, medidas são necessários para superar esse impasse. Antes de tudo, é preciso que, assim como o racismo, a homofobia passe a ser crime e, para isso, grupos que apoiam a causa devem, por meio de protestos pacíficos, pressionar o poder legislativo até que essa lei lhes sejam concedida. O Ministério da Educação deve, por sua vez, promover palestras em que psicólogos orientem pais e professores sobre como tratar sobre orientação sexual de acordo com a idade de cada filho e aluno. Por fim, educadores devem, por meio de debates sobre livros e filmes que abordem o assunto, sempre orientar seus alunos ao respeito que esses devem ter independente das individualidades pessoais de cada ser humano, pois a homofobia não pode mais ser um imbróglio para o Brasil.