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Enviada em: 08/10/2017

Já afirmava Claude Lévi-Strauss: “O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele”, nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, a empáfia, em contrapartida a empatia. Dessa maneira, surge a problemática da homofobia, a qual persiste, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, ora pela ineficácia das leis, ora pela lenta mudança na mentalidade de fração social.        É indubitável que o desamparo Estatal seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para o eminente filósofo Hobbes, o homem em seu estado de natureza torna-se seu próprio lobo, carecendo de um poder centralizado para ministrar harmonia. De forma análoga, tal pensamento é rompido, haja vista que o Estado não ampara coercivamente o homossexual, como por exemplo, com a carência de uma Constituição que o defenda absolutamente. Nesse âmbito, com leis fracas, o opressor se sente seguro ao praticar seus atos, impondo ao oprimido violência física ou verbal. Não obstante, o agredido sem amparo, prefere o sofrer em silêncio em vez de procurar pouco auxílio disponível - o governo não detém o lobo.       Outrossim, a lenta mudança na mentalidade de parcela social recrudesce o paradoxo. José Saramago, em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, descreve uma sociedade que paulatinamente se torna cega. Metáforas a parte, é o que se sucede quando a comunidade alienada aos preceitos da intolerância de outrora usa de preconceito contra os homossexual. Nesse contexto, a homofobia segrega a sociedade, e afasta indivíduos do seu meio, sendo a cegueira onipotente.        Infere-se, portanto a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O Poder Legislativo, a fim de atenuar a problemática, deve tornar a Legislação mais rígidas, impondo penas mais severas, seja também, formalizando a homofobia como crime, e não enquadrando essa em leis pré-existentes. Saramago cita: “Se podes olhar, vê, se podes ver, repara”, nessa linha de pensamento, só quando a sociedade reparar seu preconceito e intolerância, o lobo será neutralizado.