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Enviada em: 12/10/2017

De acordo com Isaac Newton, os homens, ao longo do tempo, construíram muros, mas esqueceram-se de construir pontes. De fato, isso pode ser observado pela persistência da homofobia mundialmente e, principalmente, na sociedade brasileira, visto que o país é o que mais mata LGBT. Nesse sentido, é necessário analisar que essa prática está ligada à questão religiosa e à pouca aceitação social.    A priori, a problemática está intimamente relacionada ao fundamentalismo cristão. Isso porque, apesar da religião pregar a paz e o respeito, alguns de seus líderes propagam um discurso de ódio contra os gays e, devido ao seu grande poder de alcance, influenciam milhares de pessoas a pensarem da mesma forma. Em consequência, certos praticantes do cristianismo, ao levarem o assunto ao extremismo, cometem atos de violência física e psicológica contra homossexuais, podendo até causar sua morte. Todavia, tais ações não são punidas devidamente, já que, por terem uma forte bancada no congresso nacional, os representantes de tais extremistas conseguem reprovar os projetos de lei de criminalização da homofobia, o que permite a persistência dos ataques homofóbicos.        Ademais, a questão é fortalecida pela resistência social. Isso porque, análogo à coercitividade do Fato social de Durkheim, o ato de ser gay sofre coerção de grande parte da população, dado que essa, por estar adaptada à tradição da heteronormatividade, julga e coage àqueles os quais não seguem o padrão imposto. Em função disso, percebe-se que certa parcela do preconceito parte da família e de amigos dos próprios LGBTs, o que dificulta seu convívio social e sua própria aceitação. A partir disso, por tentarem esconder-se e, por conseguinte, muitos entram em estado de depressão, podendo até cometer suicídio a fim de minimizar seu sofrimento.        Tal problema, portanto, necessita de medidas para atenuá-lo. Nesse contexto, cabe ao Poder Legislativo, como principal responsável pela aprovação de leis e emendas constitucionais, aprovar propostas de leis as quais criminalizem a homofobia, a fim de gerar penas mais eficazes e justas àqueles que praticarem atos de violência contra os gays. Outrossim, é essencial que as escolas, em conjunto com ONG's, promovam palestras e aulas de sociologia que visem ensinar aos jovens a importância da aceitação aos homossexuais, para que a nova geração cresça aprendendo a importância do respeito a essa comunidade. Dessa forma, seria possível amenizar o problema e construir as pontes idealizadas por Newton.