Materiais:
Enviada em: 12/10/2017

Ken Setterington, relata em seu livro ‘Marcados pelo triângulo rosa’ a opressão que era vivida por gays durante o regime nazista de Hitler.Nesses relatos, homossexuais eram vistos como um atraso pelo fato de não se reproduzirem e,caso o fizessem, gerariam bebês gays, o que ia contra os princípios de uma raça superior ariana.No cenário atual, pensamentos retrógrados como o de Adolf Hitler ainda se mostram presentes no Brasil e são responsáveis por fomentar ataques de cunho homofóbico,além de evidenciarem a necessidade de intervenções sociogovernamentais para a redução da problemática.       Hodiernamente, relacionamentos homoafetivos ainda são um tabu a ser superado no Brasil.Apesar de o termo homossexualismo ter sido extinto da lista de doenças mentais da Organização Mundial da Saúde,o que,por conseguinte, descaracteriza a associação desses relacionamentos como qualquer forma de patologia, uma parcela expressiva da sociedade ainda insiste em tratar a questão LGBT como uma doença.Nessa analogia,no ano de 2017, um juiz brasileiro concedeu uma liminar que autorizava psicólogos a oferecerem a terapia de reversão sexual.Dessa maneira,é possível verificar que o culto às tendências conservadoras que perdura na sociedade pode ser responsável por dificultar a superação do tabu mencionado,bem como por exortar ataques de homofobia no país.       De acordo com dados da ONG Grupo Gay da Bahia, o número de homossexuais que são mortos no Brasil vem crescendo progressivamente no país nos últimos anos.Além disso,os dados revelam que,no ano de 2016,um LGBT foi morto por dia.Entretanto,apesar da gravidade dos fatos, os estudos da organização apontam que as estatísticas podem ser ainda piores devido à subnotificação das mortes e à ausência de políticas públicas que visem a diminuir tal barbárie.Assim sendo, o público LGBT não só fica à mercê dessas políticas,mas também da ausência da garantia de direitos civis no país,o que revela uma urgência para a resolução da questão da homofobia no Brasil.       Infere-se,portanto, que a problemática discutida necessita ser combatida.De acordo com Sigmund Freud, a homossexualidade não é um vício ou uma degradação e,portanto,não pode ser classificada como doença.Logo,nessa conformidade, o Conselho Federal de Psicologia deve interpor recursos judiciais para que medidas como a do juiz já mencionado sejam indeferidas e para que os pensamentos  que fomentam atitudes conservadoras que visam a oferecer alguma forma de 'cura gay' sejam diminuídos.Ademais,o Ministério dos Direitos Humanos deve elaborar novas políticas públicas que assegurem o bem-estar e a segurança da comunidade LGBT.Dessa forma, o número de pessoas que são vítimas fatais da homofobia diminuirá.Analogamente,o respeito à diferença será estimulado no país,além de os os grupos LGBT terem seus direitos civis reconhecidos e corroborados.