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Enviada em: 12/10/2017

A homofobia é um problema social histórico e mundial. Segundo estatísticas, durante o regime nazista mais de quinze mil homossexuais alemães foram mortos nos campos de concentração, já no Brasil, durante a ditadura militar houve uma caça a homossexuais e travestis. Tais ideologias ultrapassadas fazem ainda milhares de vitimas pelo país, diante disso, é necessário que esse problema seja discutido amplamente com a sociedade e que medidas eficazes sejam tomadas no combate à essas ideologias preconceituosas.      Diante disso, define-se que um dos principais vetores contribuintes para os altos índices de violência contra LGBTs no Brasil, advém de ideologias religiosas que não aceitam a diversidade sexual e que ignoram a Constituição Federal de 1988, que garante a todos os cidadãos o direito à liberdade de expressão sexual. Prova disso é de que no início do ano de 2017, deputados da bancada evangélica enviaram para Comissão de Constituição e Justiça - um projeto de lei que reconheceria unicamente como casal - a união entre um homem e uma mulher. Caso fosse aprovada, tal lei significaria um enorme retrocesso social, e  fortalecerias ainda mais tais ideologias homofóbicas.       Os inúmeros casos de homofobia somam unicamente para estatísticas devido a falta de uma lei que puna atos homofóbicos. Em casos de violência, a policia acaba ficando de mão atadas tendo como único recurso fazer o registro do boletim de ocorrência. Só no ano de 2016 foram mais de 300 mortes de LGBTs no Brasil, segundo dados do Grupo Gay da Bahia. Um caso que chamou a atenção, foi o homicídio de um jovem de 16 anos, que ocorreu no incio do ano de 2017, onde a própria mãe seria a autora do crime, motivada por não aceitar a opção sexual do filho. Conclui-se que o conservadorismo familiar também tem contribuído e muito para esse quadro, pois a não aceitação da família, é um dos primeiros preconceitos sofridos por esse grupo.     Fica evidente a necessidade da mudança desse contexto combatendo efetivamente e principalmente o preconceito intrínseco no Brasil. Em primeiro lugar, o Poder Judiciário em conjunto com o Poder Legislativo deve formular uma lei aplicável no combate a homofobia, assim como feito com o feminicídio. Somado a isso, o Ministério da Educação e Cultura deve desenvolver aulas temáticas nas escolas para que seja debatido sobre esse assunto e para que assim haja uma conscientização da importância do combate a homofobia e a importância do respeito as diferenças, pois assim como dizia Jorge Amado: "A liberdade é como o Sol: O bem maior do mundo".