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Enviada em: 16/10/2017

Ken Setterington relata em seu livro 'Marcados pelo Triângulo Rosa' a opressão que era vivida por gays durante o regime nazista de Adolf Hitler.Nesses relatos,homossexuais de países invadidos eram poupados pelo regime,pois acreditava-se que ao mantê-los vivos o país seria destruído por dentro por serem considerados uma doença. No cenário atual,pensamentos retrógrados como os de Hitler ainda se mostram evidentes no Brasil e são responsáveis por fomentar homicídios de LGBTs e concepções que assemelham os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo a patologias,além de evidenciarem a necessidade de intervenções sociogovernamentais para a redução da problemática.       Hodiernamente, relacionamentos homoafetivos ainda são um tabu a ser superado no Brasil. Apesar de o termo homossexualismo ter sido extinto da lista de doenças mentais da Organização Mundial da Saúde,o que,por conseguinte,descaracteriza a associação desses relacionamentos como qualquer forma de patologia,uma parcela expressiva da sociedade ainda insiste em tratar a questão LGBT como uma doença. Nessa analogia,no ano de 2017,um juiz brasileiro concedeu uma liminar que autorizava psicólogos a oferecerem a terapia de reversão sexual. Dessa maneira,é possível verificar que o culto às tendências conservadoras que perdura na sociedade pode ser responsável por dificultar a superação do tabu mencionado, bem como por exortar ataques de homofobia no país.       De acordo com dados da ONG 'Grupo Gay da Bahia', o número de homossexuais que são mortos no Brasil vem crescendo progressivamente no país nos últimos anos. Além disso,os dados revelam que,no ano de 2016, cerca de 1 LGBT foi morto por dia. Entretanto,apesar da gravidade dos fatos,os estudos da organização apontam que as estatísticas podem ser ainda piores devido à subnotificação das mortes e à ausência de políticas públicas que visem a diminuir tal barbárie. Assim sendo, o público LGBT não só fica à mercê dessas políticas,mas também da ausência de garantia dos direitos civis no país,o que revela uma urgência para a resolução da questão da homofobia na nação brasileira.        Infere-se,portanto, que a problemática discutida necessita ser combatida. De acordo com Sigmund Freud,considerado o pai da psicanálise,a homossexualidade não é um vício ou uma degradação e,portanto,não pode ser classificada como uma doença. Logo,nessa conformidade,o Conselho Federal de Psicologia deve interpor recursos judiciais para que medidas conservadoras que visam a perpetrar alguma forma de 'cura gay' sejam diminuídas. Ademais,o Ministério dos Direitos Humanos deve elaboras novas políticas que assegurem o bem-estar e a segurança da comunidade LGBT. Dessa maneira,o número de pessoas que são vítimas fatais da homofobia diminuirá. Analogamente,o respeito à diferença será estimulado no país e os LGBTs terão seus direitos civis corroborados.