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Enviada em: 19/10/2017

Os homossexuais foram punidos pela inquisição na Idade Média, suprimidos pelo clero na Idade Moderna, e perseguidos por Hitler já na Idade Contemporânea. Esse panorama hostil mantem-se forte na atualidade, como evidenciam as manchetes de jornais que mostram recorrentes ataques a casais de mesmo gênero. Nesse sentido, é necessário entender o papel cultural religioso que impulsiona tal violência e utilizar a educação como forma de traçar meios para enfraquecer a homofobia no Brasil.       Inicialmente, é importante analisar que a discriminação pode ser, entre outros fatores, resquício de fortes princípios religiosos. Isso se explica pela maioria da população brasileira ter sido criada por meio de valores judaico-cristãos, os quais possuem a tendência histórica à diferenciar e repreender as relações homoafetivas, inibindo-as. Assim sendo, em consonância com a psicanálise freudiana, aquilo que é recalcado por imposição - nesse caso, o desejo pelo mesmo sexo - é projetado de maneira violenta a quem não o reprime.       Dessa maneira, é de extrema valia popularizar por meio do conhecimento a diversidade de formas de relacionar-se afetiva e sexualmente. Tal panorama se dá, uma vez que com uma maior compreensão da diversificação natural de gêneros o sentimento discriminatório será amenizado e a parte predominantemente conservadora da nação, aos poucos, perderá a força. Essa consequência se confirma pela tese da ativista Helen Keller, a qual explica que o papel mais sublime da educação é a tolerância.       É inegável, portanto, que a instrução desde a base é o caminho para sanar tal cenário no Brasil. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação ser firme contra os opositores na inclusão nas diretrizes curriculares do estudo das diversidades de relações afetivas e gêneros sexuais, de maneria técnica e laica, por meio de material didático que mostre naturalmente todos os tipos possíveis de casais. Compete também às ONGs, a criação de campanhas que levem ao público, por meio de informativos impressos, as várias formas de amar a fim de estimular o respeito à singularidade. Com isso, o país caminhará rumo à tolerância e abrandamento gradativo da homofobia.