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Enviada em: 19/10/2017

Policarpo Quaresma "o ufanista" de Lima Barreto era um cidadão adorador da pátrica brasileira, suas origens e costumes originais, uma das frases marcantes do livro é "Você, Quaresma, é um visionário". Talvez esse trecho tivesse um fundamento correto: a postura de muitos brasileiros frente a homossexualidade é uma das faces mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge a problemática da homofobia que persiste até hoje intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela insuficiência da lei, seja pela lenta mudança de mentalidade social.   Primeiramente, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Conforme Clemente Attlee, a democracia não é apenas a lei da maioria, mas a lei da maioria respeitando o direito da minoria. De maneira análoga, é possível perceber que,no Brasil, a intolerância e a agressividade rompem esse direito, haja vista que, embora esteja previsto na constituição o princípio da isonomia, na qual todos devem ser tratados com igualdade, muitos cidadãos se utilizam da homofobia para externar ofensas e excluir socialmente pessoas homoafetivas.  Segundo pesquisas, nota-se o aumento dos índices de assassinato e agressão à população homossexual, destacando-se a intolerância como principal impulsionador do problema. Nesse sentido, a biologia nos mostra com Darwin que nem sempre é o mais forte que sobrevive, mas aquele que melhor se adapta as novas circunstâncias. Ao seguir essa linha de pensamento observa-se que a lenta mudança na mentalidade da sociedade brasileira torna a população LGBT muitas vezes rejeitada, visto o conservadorismo com a presença dos pensamentos ultrapassados - como a relação hetera sendo a correta- presentes na sociedade atual. Assim, a continuidade desse preconceito funciona como uma base forte desse problema.   Infere-se, portanto, que a homofobia é um mal para a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas em crimes de ódio contra homoafetivos, a fim de atenuar a prática do preconceito na sociedade, além de aumentar a pena para quem o praticar. Ainda cabe à escola criar palestras sobre a diversidade atual, visando a informar crianças e jovens sobre as diferenças no país, diminuindo, assim, essa forma de preconceito. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com o intuito de conscientizar a população sobre os males da homofobia. Assim, poder-se-á transformar o Brasil em um país desenvolvido socialmente, e criar um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.