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Enviada em: 21/10/2017

Amor livre      Na Grécia Antiga, relações homossexuais eram relativamente normais, tanto que diversas obras retratavam tais atos sem preocupação em relação ao preconceito ou à censura. No entanto, com a expansão de religiões conservadoras como o catolicismo, o judaísmo e o islamismo, relacionar-se com pessoas do mesmo sexo passou a ser algo abominável, do ponto de vista de grande parte da população. Hodiernamente, apesar de o mundo estar, aos poucos, tornando-se mais tolerante, ainda são necessários muitos debates que questionem a homofobia até então opulenta no Brasil.      A princípio, deve ser ressaltado o avanço que o país tem apresentado nos últimos anos em relação ao combate à homofobia, com a legalização do casamento gay, prática que, hoje em dia, só é permitida por lei em 21 países, segundo a Unesco, o que já demonstra certa deserção do preconceito para o brasileiro.      Apesar disso, a homofobia ainda não é considerada crime no Brasil, e isso tem como consequência os índices de violência e ataques a LGBT’s (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) serem assustadoramente altos: a cada 28 horas, um LGBT é morto no país, reduzindo a expectativa de vida desse grupo para 35 anos, segundo dados do Grupo Gay da Bahia.      Outrossim, a homofobia aparenta estar aumentando, quando nos deparamos com projetos de lei absurdos que reivindicam a autorização da “cura gay”, tratando a homossexualidade como uma enfermidade, e que tentam proibir LGBT’s de doarem sangue, sendo considerados grupos de risco para a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.      Desta forma, é evidente que o combate à homofobia na nação brasileira precisa sempre de reforços. A mídia, como grande formadora de opinião, deveria constantemente promover campanhas em defesa à liberdade de orientação sexual e ao amor livre, demonstrando que não existe certo ou errado quando o principal é o bem estar e a felicidade dos cidadãos. O governo, por sua vez, deve impor limites ao poder legislativo quanto à criação de projetos de lei de cunho preconceituoso, e criar um referendo que constata a homofobia como crime. Com essas medidas, o Brasil terá a chance de dar um grande passo importante para que sejam deixados de lado muitos paradigmas sociais, pois acima da orientação sexual, são todos seres humanos, que possuem direito à vida e à liberdade de escolher a quem amar.