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Enviada em: 01/11/2017

A preliminar de um juiz federal que libera psicólogos a oferecer tratamentos contra homossexualidade expõe uma questão antiga do cenário brasileiro: a homofobia. É notório que a união entre casais do mesmo sexo traz divergências de opiniões, principalmente em relação aos religiosos. Dentre tantos fatores, as evidências dessa realidade podem ser vistas diariamente pelas agressões e mortes a esse grupo – sendo preciso ressaltar que são ausentes leis que os protejam.         Sabe-se que, na Roma e na Grécia da antiguidade eram normais relações entre pessoas do mesmo sexo. O filosofo grego Sócrates era adepto do amor homossexual, por exemplo. Porém, hoje esse amor é visto com intolerância e ódio, levando grupos a atacarem verbalmente e fisicamente LGBT’s. Fato esse, que coloca o Brasil como o país que mais mata LGBT’s do mundo, com uma morte a cada 25 horas, segundo GGB(Grupo Gay Bahia).        Além disso, vivemos em um país de tradição religiosa cristã que historicamente preconizou essa comunidade. Essa formação cultural é refletida na Constituição, que não dispõe de nenhum aparato legal que garanta direitos de proteção a esse grupo. Por isso, políticos com medo de comprometer reeleições impedem a aprovação de projetos de lei que vise criminalizar a homofobia. Logo, fica evidente a fragilidade da laicidade do país com essa questão.       Diante disso, observamos que o profundo conservadorismo que atinge a sociedade, é culpado por propagar intolerância e ódio. Mas nem por isso deve-se desanimar da perspectiva de solução. Dessa forma, o Poder Legislativo deve criar emendas à constituição que englobem direitos de proteção, criminalizando atos discriminatórios, sejam verbais ou físicos, afim que garantir uma melhor segurança e bem estar dessas pessoas.