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Enviada em: 24/10/2017

O fenômeno do homossexualismo que hoje é visto por algumas pessoas com certa repulsa, em sociedades antigas eram toleradas. Na Grécia antiga, por exemplo, as relações homossexuais eram, inclusive, vistas em uma posição hierarquicamente superior às relações heterossexuais. No entanto, foi durante a Idade Média que a homossexualidade passou a ser bastante oprimida, devido principalmente à influência de fatores religiosos. Nesse sentindo, ainda hoje vigora um forte preconceito e intolerância no que tange a questão da homofobia no Brasil, seja pela lenta mudança de mentalidade social, seja pela insuficiência das leis.   Em um primeiro plano, é importante ressaltar que a apatia pela comunidade LGBT pode ser considerada um reflexo do passado patriarcal do país. Segundo Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Sob tal ótica, é indubitável que as relações humanas estabelecidas em patamares desiguais aliadas aos dogmas católicos amplamente difundidos ainda se fazem presente. Desse modo, aqueles que, por algum motivo, não se identificam com o sexo biológico, enfrentam a hostilidade de uma sociedade conservadora que não consegue compreender a singularidade e a individualidade de cada um.  Outrossim, cabe salientar que mesmo sendo um avanço a conquista de diversos direitos no âmbito constitucional, ainda é preciso garantir a segurança e dignidade desses indivíduos. Lamentavelmente, o arquivamento de um projeto de lei de criminalização e equiparação da homofobia ao racismo, tornando-o inafiançável, fomenta atos de violência contra essa população. Posto isso, é imperativo que o Estado salvaguarde os homossexuais e combata com seriedade a homofobia, visto que sua persistência pode gerar um ciclo ainda mais vicioso de segregação social, nocivo à democracia vigente. Afinal, como citara o filósofo português Boaventura de Souza Santos, temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza, assim como temos o direito de sermos diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza.   Urge, portanto, estratégias que visem assegurar à vida, dignidade e representatividade dos homossexuais. Logo, cabe ao Senado aprovar os projetos que efetivem a penalização a quem praticar a homofobia, além da implementação de delegacias especializadas, com o fito de atenuar a problemática e punir os agressores. Ainda, compete à escola a promoção de palestras e seminários sobre o tema, desmistificando e elucidando o preconceito. Por fim, a mídia, por meio de  programas e ficções engajas, deve demonstrar a realidade e dificuldades que esses cidadãos encaram diariamente, desenvolvendo uma maior compreensão e empatia por parte da população.