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Enviada em: 07/03/2017

Em meio ao caráter altamente consumista da sociedade atual, diversas discussões surgem acerca dos impactos ambientais desse consumo, os quais afetam a humanidade de maneira ampla e irrestrita - seja a médio ou a longo prazo. Fatores como a obsolescência programada dos produtos e os altos índices de gastos de água na produção são responsáveis por gerar um desequilíbrio entre evolução e sustentabilidade. O filósofo Aristóteles afirmava que o ser humano deve buscar sempre a justa medida, para que o equilíbrio seja alcançado. Desse modo, faz-se necessária a implementação de medidas socioeducativas e punitivas capazes de  gerar uma harmonia na relação e atenuar os danos causados.      Em primeiro plano, é necessário ressaltar os impactos do consumo no que se refere à água, fator de alta relevância na discussão. A utilização de grandes volumes hídricos durante os processos produtivos dos mais variados produtos (a chamada "água virtual") é responsável pela maior parte do consumo desse recurso. Por conseguinte, à medida que a demanda por esses produtos aumenta, a produção tem que crescer ainda mais - segundo o sistema produtivo do toyotismo baseado no "just in time", implantado após a terceira revolução industrial e ainda vigente no século XXI - ocasionando a escassez gradativa do referido recurso hídrico.       Vale citar, ademais, os grandes impactos ambientais relacionados à produção excessiva de lixo, observando-se os amplos danos às variadas populações de seres vivos. Ao analisar a problemática, é notoriamente observado que o excesso do consumo - ocasionado, majoritariamente, pela obsolescência programada dos produtos e pelo inescrupuloso incentivo ao consumismo - aumenta demasiadamente a produção de lixo. Nesse sentido, o descarte de resíduos é geralmente feito de maneira inadequada, com a presença de lixões a céu aberto, os quais, além de seres focos de diversas doenças, contaminam o solo e os cursos d'água da referida região e dos afluentes, causando danos tanto aos humanos como aos animais e vegetais.       A análise dos argumentos supracitados explicita a necessidade da implantação de medidas capazes de frear o consumo excessivo, porquanto diversos são os danos ambientais gerados. Em vista disso, o Ministério da Educação - em parceria com as ONG's educativas e com a mídia - deve propor campanhas que visem a conscientizar os indivíduos acerca da importância de conter o avanço do consumismo, por meio de aulas nas escolas, palestras mensais nos bairros e propagandas midiáticas. Adicionalmente, órgãos regulamentadores da publicidade (como o CONAR) devem aumentar a fiscalização sobre as propagandas que incentivem o consumo de maneira exacerbada. Dessa forma, a longo prazo, o equilíbrio aristotélico será alcançado e os impactos ambientais serão atenuados.