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Enviada em: 10/04/2017

Com o inchaço do fordismo e com a emergência do modo de vida americano eclodiu, em 1929, uma crise de superprodução gerada pela ausência de mercado consumidor. Desse modo, percebe-se que desde o início do século XX, há uma sociedade de consumo crescente que põe em risco as gerações futuras. Com isso, há três fatores que não podem ser negligenciados, como a exploração dos recursos naturais em demasia, o incentivo ao consumismo e a maximização da produção de lixo.   A redução gradativa dos recursos renováveis está intimamente ligada à exploração descomedida das riquezas naturais. Empresas, principalmente, fazem proveito desses recursos sem a preocupação com os impactos ambientais, como o desmatamento e a possível desertificação. Além disso, a exploração e o consumismo tornaram-se um ciclo vicioso, o qual resulta em lucros ao comércio, gerando empregos e, por consequência, mais receitas.   Ademais, vale ressaltar que apesar do consumo suprir as necessidades básicas do indivíduo, há, constantemente, um bombardeamento de propagandas que o incentivam à compra. Quando William Beveridge cita: "o fim material de toda a atividade humana é o consumo", refere-se, explicitamente, à máquina capitalista que molda e controla os padrões de consumição.   Outrossim, o excesso de resíduos sólidos também causa impacto ambiental. A obsolescência planejada maximiza a produção de lixo quando dispõe no mercado produtos com vida útil reduzida. Assim, para Zygmunt Bauman: " a infelicidade dos consumidores deriva do excesso e não da falta de escolha", ou seja, diante de uma infinidade de opções, faz-se necessário para o comércio estipular prazos para equipamentos e aparelhos.   Logo, medidas são necessárias para atenuar a problemática e conter o crescimento exponencial da sociedade de consumo. É preciso por parte da esfera legislativa criar códigos e regulamentos mais rígidos, investigando empresas que não estão de acordo com as normas ambientais e quando necessária a aplicação de punição cabível. Estabelecimentos e iniciativas privadas podem elaborar um plano com políticas afirmativas de conscientização do meio ambiente e uso responsável dos recursos naturais, produzindo embalagens biodegradáveis e recicláveis. Torna-se imprescindível pelos prefeitos a implantação de um sistema eficaz de coleta seletiva para que seja separado o material orgânico dos demais, promovendo uma redução da quantidade de lixo sólido e uma reeducação ambiental frente ao consumismo.