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Enviada em: 16/04/2017

O século XXI nasce com os ideais da sustentabilidade herdados através das conferências do clima de décadas anteriores. Entretanto, essa nova era escondia os impactos ambientais gerados pela obsolescência programada e pela letargia dos agentes públicos no cumprimento das leis de tratamento dos resíduos sólidos. No ano de 2014 foi registrado que a cada um milhão de moléculas encontradas na atmosfera terrestre, 400 são de gás carbônico, CO2. Este número, o maior registrado na história, demonstra um dos males causados pela obsolescência programada (estratégia empresarial que visa diminuir a vida útil dos produtos, estimulando o consumo), uma vez que o gás é obtido através das atividades industriais e é um contribuinte para o aquecimento global. Além disso, por exemplo, afeta a acidez da água do mar e eleva os níveis dos oceanos. Visando diminuir os impactos provocados pelo consumo, em 2010 foi configurado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, a fim de, entre outros objetivos, eliminar os lixões pelo Brasil e reduzir o descarte inadequado de resíduos e rejeitos. Contudo, pesquisas apontam que 40% da população não recebe tratamento adequado para seus objetos obsoletos. Levando isso em consideração, é notável a falência das políticas públicas no avanço da preservação ambiental e acima de tudo, do descaso das indústrias para o acompanhamento posterior à produção das mercadorias. Desse modo, faz-se necessário um maior engajamento dos órgãos públicos e não governamentais na mobilização em prol da redução das consequências do consumo, através do acirramento das punições das leis de crimes ambientais e da fiscalização das empresas poluidoras. Mais do que isso, da criação de campanhas, feitas pela mídia e pelo Estado, voltadas para a conscientização ambiental e senso de sociedade sustentável fundamentais à população.