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Enviada em: 16/04/2017

O desenvolvimento sustentável prevê a conciliação do crescimento econômico com a preservação ambiental em prol das gerações do presente e do futuro. A Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, entretanto, além de contribuir para a mecanização das atividades produtivas e para o surgimento das fábricas, impôs ao homem a necessidade de não só conhecer a natureza, mas de dominá-la. Essa intensa interferência antrópica nos recursos naturais, decorrente do consumo desenfreado de bens e serviços, tem acarretado em impactos ambientais incalculáveis no cenário vigente.     Em primeiro lugar, é fundamental pontuar que a lógica capitalista - que visa apenas o lucro - através da obsolescência programada, ou seja, da pequena durabilidade das mercadorias, exerce papel preponderante na disseminação do consumismo. Com isso, a "cultura do descartável" é legitimada, pois os indivíduos perdem a noção das suas reais necessidades de compra e consomem cada vez mais. Assim, para garantir a manutenção da extensa cadeia produtiva e do elevado padrão de consumo da sociedade, há a exploração predatória dos recursos ambientais, culminando no desmatamento de florestas e na perda da biodiversidade da fauna e da flora.     Tal degradação em prol do progresso causada pelas indústrias, pelo setor agropecuário e até mesmo pelo uso maciço de modais de transporte que utilizam matrizes energéticas sujas, além de impedir a consolidação da sustentabilidade, influencia, também, na qualidade de vida dos cidadãos. A emissão de gases poluentes pelas fábricas, por exemplo, intensifica o efeito estufa e pode acarretar em doenças respiratórias, bem como a eliminação de esgoto, lixo urbano e outros dejetos - como os metais pesados - em cursos hídricos pode provocar a escassez de água potável e contaminar os animais por meio da bioacumulação. Fica evidente, portanto, a nocividade dos impactos ambientais.    Destarte, diretrizes que formulem mudanças são imprescindíveis para amenizar esse impasse. Assim, as escolas devem criar fóruns de debate que levantem a questão do consumo consciente, além de projetos de preservação da natureza que visem o engajamento dos alunos. Concomitantemente, o Estado deve investir na fiscalização áreas de proteção ambiental e enrijecer o Código Florestal Brasileiro, penalizando os que desrespeitarem as leis. Afinal, mitigar os impactos ambientais do consumo é vital para aperfeiçoar o presente e assegurar um futuro melhor.