Materiais:
Enviada em: 12/04/2017

A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, a lógica de consumo foi se alterando significativamente. No entanto, apenas com o advento das redes sociais, os modos de pensar, agir e sentir foram maciçamente influenciados. Com isso, surge a problemática dos impactos ambientais gerados pelo consumismo, sendo a desertificação e a poluição os principais.       É evidente que a grande demanda de produtos causa a desertificação do meio. De acordo com Zygmunt Bauman, vive-se, atualmente, em uma modernidade líquida, na qual são destacados o prazer imediato e o pouco cuidado com o futuro. Seguindo esse raciocínio, percebe-se que a sociedade brasileira se encaixa na teoria do sociólogo, já que o consumo da população se tornou insustentável sob a ótica ambiental. Assim, por priorizarem o enaltecimento da própria imagem, ocorre o aumento desnecessário da extração na natureza de insumos utilizados nos processos de produção e a desvalorização daqueles que ofertam produtos sustentáveis, transformando, desse modo, os solos em inférteis, assemelhando-os a um deserto.       Outrossim, destaca-se a grande produção de lixo e o descarte inadequado deles como problemas, ocasionando poluição ambiental. Segundo a Associação Brasileira de Empresas Públicas e Resíduos Especiais (Abrelpe), estima-se que a produção de resíduos sólidos urbanos, no Brasil, por ano, seja de 61 milhões de toneladas. Assim, evidencia-se o grande volume de lixo que é formado, já que há a devolução ao meio ambiente quantidades muito superiores às que ocorreriam numa situação de consumo consciente. Além disso, ainda há o descarte que, muitas vezes, não é feito de forma correta, sendo o lixo jogado no chão, o qual entope bueiros em períodos chuvosos, causando enchentes, o que gera muitos outros impactos ambientais.        Entende-se, portanto, que o consumo exacerbado causa diversos impactos no meio ambiente. A fim de atenuar essa questão, o Governo Federal poderia criar um plano nacional com estabelecimento de metas de redução de resíduos, discutidas com a sociedade, com a ajuda das escolas, sobre o que e o como fazer. Além da ação conjunta das esferas municipal e estadual do poder com projetos de capacitação de jovens carentes como agentes ambientais, para atuarem como multiplicadores em suas comunidades, destacando a importância da coletividade e do consumo consciente.