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Enviada em: 16/04/2017

O consumo é característica e ocupação de todos os seres humanos, constituindo até mesmo bens indispensáveis à vida. Esse conceito se diferencia do consumismo, que associa a felicidade à satisfação de impulsos sempre crescentes, culminando no uso imediato e na rápida substituição e obsolescência dos produtos. O consumismo na contemporaneidade leva à problemática do embate entre o meio ambiente e a sociedade comercial.           "Mas que seja infinito enquanto dure", frase do poeta Vinícius de Moraes, é a lógica que dita a lei do consumismo, que eterniza o bem descartável no seu tempo efêmero. A mídia coopera na criação de necessidades artificiais, num organismo social em que tudo é tratado como produto. O item já não é explorado vinculado à sua finalidade básica, mas à tendências contemporâneas provisórias, que visam a instantaneidade e substituição do artigo em questão.            De acordo com o sociólogo Bauman, não se pode escapar do consumo; o problema para ele não é consumir, mas o desejo insaciável de continuar consumindo. Tal dialética vertiginosa origina as maiores barbáries à natureza, muitas vezes alterando os ciclos biogeoquímicos e resultando na bioacumulação, na qual substâncias prejudiciais são absorvidas pelos organismos, acarretando problemas ao longo da cadeia alimentar.           Para que a relação entre as tendências contemporâneas e recursos naturais seja regulada, é necessário inserir a dimensão ambiental nas decisões de políticas públicas. Para tal, o Ministério do Meio Ambiente deve financiar projetos apresentados pelos municípios que se adequam aos parâmetros de desenvolvimento sustentável, aprofundando a parceria entre Governo Federal, estados e municípios. Ademais, se faz necessária a restrição de crédito oficial e benefícios fiscais a atividades prejudiciais ao meio ambiente, coibindo a atuação imprudente de quaisquer instituições.