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Enviada em: 15/04/2017

Em 1500, Portugal descobriu a imensa riqueza natural brasileira. Na busca incessante por materiais preciosos, de pau-brasil a ouro, o Brasil passa de paraíso à colônia de exploração. Hoje, o que restou de valor no país ainda é explorado, tanto por grandes empresas quanto pelo cidadão, ambos em busca da satisfação do consumo. Assim, são omitidas as consequencias desse consumo inconsciente: desastres ambientais devido a exploração de recursos e acúmulo de lixo - destinados inadequadamente.   No Brasil, o maior fiscal ambiental é o IBAMA, instituto que visa defender os interesses do Estado na manutenção dos bens de uso comum, zelando pelo desenvolvimento econômico sustentável. Entretanto, vivenciamos desastres que poderiam ser evitados caso fosse limitado, na prática, a exploração ambiental. O município de Mariana, em Minas Gerais, é um exemplo dessa omissão, pois há 70 anos que a Companhia Vale exerce atividade de mineração agressiva ao solo sem um plano de recuperação adequeado.  Além disso, o desequilíbrio ambiental é agravado pelo descarte inadequado do lixo. Por exemplo, a simples pilha alcalina pode contaminar o solo por cerca de 50 anos. Hoje, preocupação é ainda maior, pois os produtos têm menos durabilidade no intuito de serem substituídos mais rápido. Em análise disse, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman classifica o hedonismo pós-moderno como a fórmula do fracasso ambiental, pois soma um indivíduo cuja busca é pelo prazer individual vindo do consumo com uma total despreocupação com o longo prazo.    Dada, pois, a complexidade do problema, é imprescindível que haja uma aplicação conjunta. Então, para ampliar a supervisão, as próprias escolas podem criar grupos de fiscalização ambiental ligados às secretarias municipais do meio ambiente. Os relatórios feitos pelos alunos seriam enviados ao órgão responsável, que poderia dar palestras sobre o tema de consumo e seus impactos. Assim, formaremos consumistas conscientes de sua responsabilidade, descartando essa herança de exploração parasitária.