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Enviada em: 13/04/2017

Segundo o geógrafo francês Yves Lacoste, o estilo de vida americano globalizado é um propulsor dos problemas ambientais e sociais da contemporaneidade. Isso é facilmente percebido quando o tema em questão é o impacto ambiental decorrente do elevado consumo da nossa sociedade, pois ele traz prejuízo para o planeta e é um desfio da atualidade. Portanto, ações do Estado e da população para alterar esse quadro negativo são cabíveis.    Em primeiro lugar, é importante realizar um breve histórico do capitalismo acerca da massificação do consumo promovida pela cultura estadunidense para entendermos o problema do lixo e o seu consequente impacto ambiental. No início do século XX, Henry Ford desenvolveu técnicas de produção que tornaram acessíveis os produtos para uma boa parte da população mundial. Com isso, o número de produtos industrializados cresceu muito, assim como a produção de resíduos. Após décadas de evolução dessas técnicas as empresas atuais sofisticaram o modelo fordista com a obsolência programada. Afinal, é notório que  os produtos atuais tem uma menor durabilidade o que resulta em um maior descarte de lixo.    Em segundo lugar, é relevante ressaltar os diferentes prejuízos dessa produção de descarte sem destino adequado. Um deles é a possibilidade do aumento de doenças. Como, especialmente no Brasil, grande parte das cidades ainda utilizam o lixão a céu aberto como local de deposição de resíduos, algumas doenças, como a leptospirose, podem ocorrer com maior frequência. Isso é afirmado, pois esses lixões não possuem controle sanitário o que favorece a proliferação de ratos, pombos e baratas, animais esses que são vetores da doença. Além disso, a inadequação do destino dos resíduos pode ocasionar enchentes em perímetros urbanos, principalmente durante o período de chuvas, e ocorre por acúmulo de lixo despejado em via pública, causando o entupimento de boeiros e impedindo o escoamento do água.       Em suma, depreende-se que é imprescindível repensar o descarte de resíduos. Para isso, tanto a sociedade quanto os Estados devem assumir compromissos. A primeira deve exigir nos municípios em que reside, a realização da coleta seletiva e fazê-la em casa. Já os estados, por sua vez, devem investir em aterros sanitários, pois estes não apenas podem reduzir o número de infectados por doenças causadas pelos lixões como também podem aproveitar o lixo orgânico para ser utilizado como adubo através da compostagem, trazendo, assim, benefícios para o planeta.