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Enviada em: 12/04/2017

"Trabalhamos em empregos que não gostamos, para comprar um monte de coisas que não precisamos." No filme "Clube da luta", Jack é um típico indivíduo que adota o estilo de vida capitalista, trabalha muito, sofre de insônia, compra tudo o que pode e vive acomodado no medíocre, mas em determinado momento conhece Tyler, o autor dessa afirmação e o responsável por abrir seus olhos. De volta à realidade, o consumo exacerbado citado se faz cada vez mais presente na sociedade do século XXI, e acompanhado dele, infinitos impactos ambientais são causados, como o grande volume de lixo produzido diariamente, que gera poluição da atmosfera e do solo, por exemplo. Em primeiro plano, é claro que um dos problemas ambientais mais graves atualmente é o aquecimento global. Isso porque além de elevar a temperatura do planeta, como consequência disso, ele também causa o derretimento de geleiras e o aumento do nível do mar, um grande círculo ocasionado, entre outros motivos, pelo acúmulo de lixo produzido pelo consumo indiscriminado. Essa prática é desencadeada, principalmente, pela obsolescência programada, ou seja, devido à busca pelo lucro, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, entre outros, são feitos com um menor prazo de vida útil intencionalmente, com o objetivo de obrigar o consumidor a comprar uma nova "geração" do produto mais rapidamente e assim, criar uma linha viciante de compra e descarte. Ademais, segundo o ativista Mahatma Gandhi, a natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância. Seguindo esse pensamento, no contemporâneo mundo globalizado, não é difícil se deparar com uma indústria midiática influenciadora e almejadora do lucro, que gera a obsessão pelas aquisições materiais e corrobora ainda mais com a deterioração da natureza. Outro impasse ambiental acarretado é a contaminação do solo e dos lençóis freáticos por causa dos lixões a céu aberto, já que o chorume, líquido poluente produzido pelo lixo, provoca a intoxicação tanto do solo, quanto dos animais ali presentes.  É evidente, portanto, a necessidade de medidas eficientes que mitiguem o impasse. Posto isso, cabe ao Ministério do Meio Ambiente e à própria população propagar entre si conhecimentos a respeito dos impactos ambientais causados pelo consumo, especialmente, por meio de campanhas publicitárias educativas de conscientização e de incentivos ao consumo sustentável somados à conscientização infantil nas escolas. Aos governos estaduais e federais, por sua vez, compete o investimento em sistemas eficazes de coleta de lixo com separação reciclável e em meios de tratamento desse, como aterros sanitários, tudo isso aliado à instrução da população sobre o reaproveitamento e a reutilização de certas embalagens no âmbito domiciliar a fim de atenuar a adversidade.