Enviada em: 13/04/2017

"Consumo, logo produzo lixo"       A teoria malthusiana previa o aumento da população humana em progressão geométrica contra a progressão aritmética da produção de alimentos, analogamente ao primeiro caso, observa-se, atualmente, o crescimento alarmante de lixo produzido, consequência direta do consumismo exacerbado do homem moderno. Nesse sentido, os impactos já experimentados, bem como os que ainda estão por vir necessitam de análise cuidadosa e medidas para solucionar essa problemática.           O termo sustentabilidade é amplamente conhecido, principalmente devido aos discursos politicamente corretos que difundem essa ideia, mas na prática são raras as empresas e instituições que atuam de forma sustentável. Gasta-se mais de 15 mil litros de água para fornecer 1 quilograma de carne bovina, para fabricação de 1 tonelada de papel são utilizadas 3 toneladas de madeira oriundas de árvores derrubadas. Nesse contexto, é notório que o consumo irresponsável e inconsciente da maioria dos indivíduos sustenta esses setores.              Associado a isso, a ação do Estado como provedor de alternativas para redução dos impactos ambientais é insuficiente. Coleta seletiva do lixo e reciclagem não são ofertadas de maneira adequada, apenas em alguns locais é possível proceder com tais práticas. Diante desse cenário, parte majoritária da população descarta o lixo indevidamente, proporcionando a ocorrência de doenças, poluição dos rios e inundações, por exemplo.             Fica evidente, portanto, a necessidade de intervenções para mitigar os impactos ambientais do consumo irresponsável. Para tanto, o Estado deve criar leis mais severas com o intuito de coibir a poluição, como também oferecer meios de prática sustentável para os cidadãos. O setor privado precisa colocar como prioridade a preservação de recursos naturais em seus empreendimentos. Finalmente, a sociedade necessita aplicar a política dos 3 R's: reciclar, reutilizar e reduzir. Assim, é possível contribuir para a manutenção de recursos essenciais à vida.